Breu Branco
Vazio.Um grande buraco negro se abate sobre minha alma e sobre minha vida, e destrói lentamente toda uma perspectiva de um processo produtivo esplendoroso. Queria eu muito, neste instante, poder escrever palavras sábias e belas, mas um imenso abismo se abriu entre minha sempre fértil mente e meus dedos que agora digitam palavras desconexas.
O silêncio que sempre me faz tão bem, agora me incomoda de forma gutural, gritando palavras de ordem como “Acorde!”, “Levante!”, “A vida está aí!”. Mas nada disso me abala em nada, nada disso me faz ter vontade de levantar e fazer acontecer diferente.
Diante de meu deprimente estado e do incômodo que me causa a ausência de som, como se todo o mundo estivesse ocupado demais em ignorar minha existência, tento veementemente salvar-me desta onda gelada e sufocante que de alguma forma pretende levar consigo meu último estado de consciência.
Já não me entendo, já não me compreendo, então como poderiam os ditos normais entender meu mais são estado de loucura?! Quase posso ter certeza, porque a certeza absoluta de nada nunca teremos, de que a sanidade se esvai de mim a cada segundo. Entretanto, nunca talvez tenha estado eu, mais lúcida e ciente de quem sou, embora ainda pairem dúvidas quanto ao “de onde vim” e “para onde vou”. Sabe-lá, se toda essa ciência e o então conhecimento de toda minha profundidade não teria desencadeado em mim o que alguns chamariam de patológico.
Talvez sim, talvez não… A única certeza que tenho é que hoje, definitivamente, não me sinto bem, tampouco inspirada para inspirar sonhos ou devaneios em quem agora lê estas linhas mal elaboradas. O tempo se arrasta e algo me sussurra que seguirei por muitas horas mais escutando a música silenciosa da minha própria alma e lançando perguntas ao cosmo, mesmo sabendo que as mais preciosas respostas habitam em mim, esperando apenas que eu as descubra como um tesouro valioso no mais fundo da mais escura caverna.
[06.07.2006]
Suzana Martins
Uau!!
A silêncio de outrora que incomoda os meus sorrisos e choram em minha saudade. Silêncios que adoro, mas que por hora, estremece minh'alma. Talvez seja esse vazio de verbos e sons escritos, e a abudância de questionamentos que me perseguem incomodando até as minhas palavras….
Mas, é assim. Silêncio, vozes, confusões… Dias disconexos e dedos que nunca obedecem o coração!!
Lindo demais, Nati!!
Eu queria escrever isso!!
Te amooooooooooooooooooo
Beijos
Sandra Cajado
Natty,tudo bem querida?
Cá estou eu a te fazer uma pergunta,será que você leu meus pensamntos e converteu em escrita?
Menina,me sinto exatamente assim hoje sabia,porém o círculo giratório em torno de nossas vida sempre acabam refletindo em outras vidas,aí a coisa fica mais séria.
Então vamos pintar um sorriso com cores nem tanto vibrantes,mas se pelo menos for cores calmas,serenas e tranquilas já está de bom tamanho.
Beijos no seu coração,e a tal das palavras que você disse que estão mal rabiscadas,não tem ploblema! leve pro lado da gestualidade em pincéis,rápidas porem lindas!!!
Beijos ^^ e desculpa,não estou inspirada para escrever.
Laura K.
O silêncio que muitas vezes incomoda é, de outras vezes tão necessário… contradições da vida.
Cesar Gonçalves
Oi Naati 🙂
por ouvir falar de você já era seu fã, depois de ler este maravilhoso texto fui logo tirar carteirinha de de fã :-)! texto simplesmente maravilhoso, intenso,senti cada palavra e consegui imaginar o que estava a sua alma a sentir, como a compreendo, como conheço essas sensações :-)!
obrigado pelo texto lindo, com certeza a partir de hoje estarei mais atento aos seus textos :-), graças à #tatuanjo Su sigo seu blogue no meu blogue pessoal :-)!
beijo na sua Alma cheia de sentimentos e palavras 🙂
Du
Foral as linhas mal elaboradas mais bem elaboradas e sentidas que eu já li! Toma tenência guriazinha, tu tem o dom, já falei!
Te amo!
Camila
Uau, inteiramente perfeito.
Mas sabe, outros dias irão, e tudo ficará nos eixos.
Um beijO Natália.
Ps. Suzinha, beijOcas