By Enluarada
Hoje, quem navega por aqui é a querida Enluarada
Meu primeiro adeus a mim mesma
Não, ainda há vida – o adeus não é definitivo. Na verdade o adeus é para um eu temporário que se tornou irrisório ante ao que vivi por tanto tempo. Quebro aqui as regras de meu coração em prol de despir-me de sentimentos funestos. Eu pensei que amava, mas em tanta intensidade que supus não suportar. Hoje não sei mais. O que sinto agora veio em um furacão e não consigo decifrar, só sei que me prende. Sempre tive certeza acerca do que sentia, se era amor, eu conseguia dar garantia, mas agora…
Há uma ligação forte entre terra e céu, entre a água e o fogo que me cerceia e não consegui fugir. Na verdade, não quis fugir. Mas há um conflito aqui dentro sobre o que há de ser. Arrebatadoramente inconseqüente, deliciosamente insano. Tirou-me da culpa ao mesmo tempo em que me condenou. Livrou-me de um legado e ainda assim não consigo me justificar. Precisei dar adeus então, àquela que pensa apenas no amor que se rende e se entrega. Precisei entender que o amor verdadeiro é apenas aquele que sentimos por nós mesmo, porque afinal, o que mais as pessoas sabem fazer é amar seu próprio ego. Estou dançando conforme a música? Quiçá…
O que julguei ser infinitamente lindo se resumiu a uma saudade bravia nessa minha crise de consciência tardia. Há pena dentro de mim por deixar morrer um jardim de sentimentos, princípios, valores e consideradas verdades. Não que eu não mais os acredite, mas não posso mais vive-los. Cheguei ao ponto do que eu consideraria inimaginável em minha vida, e foi tão breve…cresci, ou desmoronei? Revivi, ou me derroquei? Ainda há inúmeras duvidas, meu coração ainda está em divida comigo. Sim, e eu continuo sendo subjetiva. Talvez na verdade, seja tudo isso que escrevi, só que ao contrário. Estou redescobrindo o amor e não quero admitir só pelo prazer de não dar o braço a torcer ao fato de que o que passou não foi mais uma verdade, e sim uma ilusão. Ah, eu queria ser tão certa, sempre quis ser tão certa… Mas que humana que eu sou…
Há em mim montanhas intransponíveis escaladas por mãos intrusas, beijos quase forçados, um amor não deflagrado, mas sei que intensamente está lá a ponto de explodir em ambos os lados. Coração, alguma sugestão?
“ – siga-me eu dito as regras de agora em diante…”
Como se nunca tivesse sido assim.
Enluarada, codinome de poeta e de autora dos sonhos. Colunista do portal S.C. Arte e Cultura, com a coluna Chuva de Poesia e autora do blog Enluarada.
Onde me encontrar:
Blog: Enluarada
Twitter: @enluaradatlx
Orkut: Enluarada
E-mail: enluaradatlx@hotmail.com
Suzana Martins
Lua querida, muito obrigada pela sua contribuição, fiquei feliz demais com a sua presença aqui!!! \o/\o/
Lindas palavras derramadas em forma de sentimentalidades…
"Há em mim montanhas intransponívies escaladas por mãos intrusas…"
Me sinto assim tbm… Há montanhas, carrosséis, rodas gigante…
Obrigada querida!!^^
Beijos no seu coração
Tatiana Kielberman
Lua querida!!
Que encanto de palavras!!! Amei tudo o que escreveu e saiba que, por muitas vezes, já me senti assim…
E como é importante esse adeus no momento exato, não é querida?
Te adooro!
Um grande beijo!
Valéria Sorohan
Uma linda escolha a de hoje, Suzana.
Talvez seja tudo negro, ou tudo colorido, depende da neblina que está na nossa frente.
BeijooO
Luma Rosa
Às vezes nos deixamos levar pelas qualidades que veiculam sobre o amor e imaginamos que ele responderá a todas as nossas expectativas! Ledo engano! A maioria das vezes, o amor é alimento somente para a nossa imaginação e/ou revitalização do nosso espírito. Ademais, no trato do dia a dia, o amor torna-se quase que irreal!!
Mas acho justíssimo bater palmas para o 'ser' que estimula esse amor e faz do nosso intelecto gato e sapato!! 😀 Beijus,
Rô
em certo momento de minha vida pensei que havia amado muito uma pessoinha, mas vã engano. O amor mesmo conheci tempos depois. Na época sofri muito e dizia que nunca mais amamria alguém. O amor e felicida depende apenas de nós.
PAlavras sábias as sua e sentimentos muito bem descritos. Parabéns criança enluarada.
Suzinha minha criança, obrigada pelo carinho, a vida é assim nascemos para com certeza um dia morrermos.
Que Deus te abençoe filha amada!
T@ty
Ahhh Lua…
Seus textos além de serem construídos com palavras sinceras que brotam do seu coração, são também um lenitivo e um verdadeiro incentivo para continuarmos a viver a tocar adiante.
Parabéns! Memorável!
Fica com Deus
Beijos
Helinha
Querida Lua…
Suas palavras têm um dom de me encantar, sempre e sempre…
Lendo seu texto, repleto de verdades e sentimentos, me enxerguei tão claramente…
Poderia ser eu a escrever essas palavras… poderia sim… quase que em sua totalidade… Na verdade, acho até que já as escrevi, eu já as vivi…
Mas, sabe aquele chavão "nada como um dia após o outro"…? Pois é… É bem assim mesmo… Um dia esse dia chega…
Parabéns, parabéns, parabéns!!
Adoro ler tudo o que você escreve!
Beijos!!