By Valéria Sorohan

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Hoje passo o comando dessa embarcação para a querida Valéria
Desfecho de uma efémera noite
De repente a vontade de escrever começa a me parecer monótona, há tanta coisa por ler ainda, reler. Não aguento mais nenhum livro, mesmo os que não li ou não terminei. E eu que gosto deles diariamente. Hoje não é diariamente. Hoje é definitivamente.

Só mais um pouco e eu paro. Te prometo, consciência noturna. Consciência escura, frágil, de meias soquetes e tênis brancos e silenciosos. Vai dormir, que eu já vou. Você parece cansada, rouca, meio louca. Eu também estou quase adormecendo.

Resisto voluntariamente. Verifico. Certifico. Ninguém. Que horas são? É uma hora qualquer. Hora do sonho. Hora da prosa com a minha consciência. E com essa prosa totalmente poética me desnudo, me descubro, desabastecida.

Meus dedos ainda batem no teclado. Algum raciocínio agarrado, reage. Pressinto que vivo.  Por tudo, por tanto e sempre. A porta está aberta até agora. Pode entrar. A vida por concessão. Certamente.

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É difícil falar de alguém que não conhece. Conheço apenas as letras, os Morangos Mofados (antigo blog da Valéria) e as Rasuras da  blogueira Valéria Sorohan. Então deixo que ela mesma se apresente:
Sou casa de quintal, sou pão com manteiga, sou riso de criança, sou arroz com feijão, sou Nando Reis, sou Zé Ramalho, sou Janis Joplin. E tenho o tempo de um sorvete de chocolate. Sou como uma piscina, meio água, meio cloro, bastante certa de que é necessária a mistura de opostos, para que haja um todo quase belo. E tenho compreendido o meio, o semi, o quase.
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