Cartas sem selo
Porto Seguro, 05 de março de 2011
Já é quase outono, e o meu corpo começa a sentir as mudanças dessa “quase” estação que se aproxima. Pra mim sempre será outono, mas a proximidade da estação traz em mim sensações inexplicáveis. Até os dias já amanhecem mais frescos, com neblinas pelo aeroporto e em alto mar. O sol chega de mansinho, pedindo licença para iluminar, e assim derrete o orvalho que beija as plantas delicadamente.
Enquanto prefiro os silêncios das letras, lá fora há barulhos carnavalescos que adentram a minha janela cantando que é hora de ir para Caraíva ter silêncios e leituras. A mochila está arrumada e dentro dela levo muito mais de mim em livros, rascunhos e músicas, do que as próprias roupas do dia a dia. Coisa de quem está “fugindo” dessa loucura, dessa multidão barulhenta e quer apenas apreciar tempestades e silêncios que vem de uma pequena vila que ainda não sabe o que é carnaval.
Caraíva é assim, meio eu, meio você, que às vezes quer “gente” e que em sua maioria das vezes quer silêncios. Essa vila que fica dentro da rota festeira, quer apenas o contato com o outono de todos os dias…
E mais uma vez me perdi nas nossas cartas e palavras, porque hoje é dia de escrever Cartas sem selo, e acabei montando palavras por aqui. Mas enfim, convido você para um chá, para algumas palavras e para ler as “cartas que eu não mando” aqui.
Um beijo,
Suzana
P.s.: Há uma carta escrita em outro lugar esperando pela sua leitura. Clique nesse link e nos encontraremos por lá.
Menina no Sotão
São Paulo, manhã de sábado, sons que se renovam junto a mim, narrando saudades. Falta apenas a xícara de chá quente, mas estou aqui com palavras juntos aos meus olhos e não quero me mover. Quero ficar aqui, com o silêncio de quem ouve a voz de alguém ao longe e aos poucos vai degustando as mesmas paisagens, como se cada passo dado pelo outro fosse o seu próprio passo. Quanto movimento cabe em nossos passos? Saudades de ti carissima…
bacio
RosaMaria
Bom dia Su!
Caio F. sempre nos entende né, nem sei como ele faz isso, rsrs
Tem um dizer dele, que remete perfeitamente a sua mensagem
“Já te escrevi inúmeras vezes — mas nunca enviei. Faço isso muitas vezes (ninguém tem tantas cartas não-enviadas na gaveta como eu).”
Um beijo doce!
Se cuida!
Te adoro!
Tatiana Kielberman
Su, querida!
Suas cartas podem não ter selo, mas sempre atingem de forma certeira o nosso coração!!
Lindas palavras para uma manhã chuvosa de sábado!
Adoro!
Beijos!!
Jorge Pimenta
quem, por ocasião do carnaval, se não sente um pouco carioca? 🙂
em portugal estamos a terminar o inverno; por detrás das árvores nuas e de rosto sombrio espreita a explosão verde que a todos contagia.
um abraço, querida amiga. e… até sexta-feira 🙂
Eraldo Paulino
Carnaval é uma data comum pra mim. Com a diferença de que sinto uma mais que comum vontade de fazer o que os outros não fazem.
Bj!
Celso Mendes
E a chuva que castiga por aqui me faz pensar que ando assim, como você, em busca do silêncio. Visitarei então suas Cartas sem selo e o silêncio das palavras escritas.
Um beijo.
Lily
Querida,
Deixei meu comentário no "Cartas sem Selo".
Fuja mesmo do barulho, só cansa. Já gostei muito, hoje prefiro a quietude. Talvez porque dentro de mim já haja barulhos demais… não sei. Mas fica aqui minha saudade da tua terra, sagrada, eterna e linda!
Beijos,
Suzana/LILY
Clarinha
Querida Su!
Linda carta, com gostinho de viagem e outros ares!!
Adoro essas suas visitas e passeios que trazem grandes inspirações…
Um beijo!