“A vida vai depressa! O tempo é que vai devagar!”
(Rita Schultz)


O tempo vai passando e os ponteiros do relógio tem pressa…

tic tac, tic tac.

Mesmo sabendo que a ampulheta está contra mim, não quero recomeço, nem páginas em branco. Quero apenas alguns minutos a mais e ultrapassar as 24 horas do relógio. Estou indo direto para prorrogação.

Preciso de hora extra, de uma última chance para eu entender e sentir que aquele nosso último encontro valeu a pena. Não! Não vou chamar de recomeço. Não quero recomeço!

O tempo vai depressa e eu preciso aproveitar pelo menos dois minutos antes de dizer adeus. Sou um ser de palavras e não de tempo.

Dois minutos, só isso e nada mais. Vou usar o tempo e os verbos rascunhando uma folha em branco.

O tempo é uma página sem letras que todos os dias rabisca seus momentos, suas pressas e preces. Tempo e palavras. Tic tac, tic tac… o relógio corre entre nós.

Sou um ser de palavras e não de respostas.

Sou como tantos outros andando pelo tempo sem querer encontrar respostas para suas perguntas.

Dois minutos… tic tac, tic tac.

Rabisco páginas em branco e descubro que alguns dos seus questionamentos existem apenas na sua mente conturbada. Nessa última hora aprenda: as suas respostas não podem ser encontradas.

Você não precisa entender e muito menos eu preciso explicar. O tempo acabou. Não há recomeço nem respostas. Ouça o som do relógio que não para.

tic tac, tic tac…

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