Corre o tempo,
corre os ponteiros do relógio
que muda a cada estação.
Corre o tempo
e o vento leva a dor
e traz consigo o riso que
escorre entre artérias e pulsa no coração.

Passam as horas,
vira-se a página,
corre a vida
em cada esquina
sofrendo mutações
que existe no meio do tempo.

Diverso, universo, reverso
o ciclo recomeça
na ilusão dos ponteiros.
Mudam as cores,
mudam as emoções,
na igualdade de cada pulsação.

É o tempo que não pára,
é o relógio que desperta e
os minutos que contam
contrariando a mudança sem mudar.

Passa o tempo, passam as horas
muda a vida, reinicia o ciclo
num sorriso e na dor que traz consigo.

É o mesmo bater trocado
no mesmo compasso dos ponteiros
imitando o ritmo do coração
naquele antigo relógio
colocado pelo vento
na esquina de cada estação.

Passa o tempo, ampulheta de mutação…

*sob efeito alcoólico (junho/2011)