Clarice Lispector: nova e antiga paixão

Para o feriado: Clarice Fotobiografia de Nádia Battella Gotlib

“Esta fotobiografia é um projeto desenvolvido por Nádia Gotlib ao longo de vários anos, desde que começou a recolher material para sua tese de livre-docência, posteriormente publicada no livro Clarice, Uma Vida que se Conta. A autora reuniu imagens de Clarice em arquivos diversos, conheceu os lugares onde Clarice morou – Ucrânia, Itália, Suíça, Inglaterra, Estados Unidos, Maceió, Recife, Rio de Janeiro – e consultou inúmeros arquivos em bibliotecas, hemerotecas e museus, pesquisando também os documentos de época que possibilitaram a necessária contextualização. As fotos estão distribuídas em sequência cronológica e em função dos espaços habitados ou percorridos pela escritora, acompanhadas de dados concisos que compõem as legendas e complementados pelos comentários da última seção do volume. “

CLARICE FOTOBIOGRAFIA
de Nadia Battella Gotlib
ISBN 10: 85-314-1038-X
ISBN 13: 978-85-314-1038-3
Formato: 17×24 cm
Nº de Páginas: 656 pp.
Peso: 1630 g
2ª Edição
Co-Editora(s): Imprensa Oficial

(Fonte: EDUSP)

Das leituras que me acompanham em Setembro, tenho degustado deliciosamente palavras de Clarice Lispector; ou melhor, a história da sua vida misturada em imagens e palavras. Foi um encontro especial. Depois de um delicioso passeio pela Pinacoteca e pelo Museu da Língua Portuguesa, “encontrei” Clarice sobre a mesa da livraria esbanjando histórias e versos. Meus olhos brilharam; para mim não havia mais ninguém por ali, tudo parou, esqueci o mundo a minha volta. Comecei a folhear e a fotografar aquelas páginas e de repente escuto uma voz assim:

– Garota, para com isso, o livro é seu!!

E agora entre as minhas leituras que inclui: Cecília e Mário, Câmara Cascudo e Mário de Andrade, a Clarice Lispector tem me compreendido e eu descobrir que gosto muito mais dela do que imaginava. Conhecer um pouco mais sobre a vida da Clarice despertou em mim outras paixões que nem sabia que existia, mas isso eu explico depois…

“Um dia desses eu acordei com uma moleza de gripe e depois do café voltei para a cama. Achei então que era um bom momento para ler as poesias de Emily Brontë. Como ela me compreende, Lúcio, tenho vontade de dizer assim. Há tanto tempo eu não lia poesia, tinha a impressão de ter entrado no céu, no ar livre. Fiquei até com vontade de chorar mas felizmente não chorei porque quando choro fico consolada, e eu não quero me consolar dela; nem de mim.”

Clarice Lispector, carta a Lúcio Cardoso, Nápoles, 7 fev. 1945.

Nota de Rodapé: Ah… Como Clarice tem me compreendido, são olhares inteiros escritos para mim!

Bom feriado e boa leitura!!!