Convidado: AC – Interioridades

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Dentro de nós há sentimentos e palavras que serão eternos. Vozes que falam através do silêncio e de toda canção explícita num poema de Interioridades. E mesmo que não haja versos a prosa encantará numa imagem desenhada em palavras e vírgulas. O que se conta numa crônica ou num poema, ultrapassa o entender e o sentir, então, resta apenas as interioridades e o silêncio de todo verbo cantarolado.

Hoje, o Entre Marés recebe alguém de outras águas, de outros portos, mas que escreve suas interioridades num silêncio de palavras.

Bem vindo AC!!

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Hélio Cunha, Os Amantes Eternos

OS AMANTES ETERNOS

Descobriram-se na solidão de cada um. Aproximou-os a distância que sentiam em relação aos outros, a impossibilidade de serem um entre tantos. Uniu-os a simplicidade de serem o que eram.

À medida que caminhavam, reforçando laços e utopias, impressionava-os a grandeza das coisas. Quanto mais viam mais se sentiam partícula ínfima. Mas tinham-se um ao outro, frágeis actores dum universo em expansão. Apesar da grandeza que os rodeava, sentiam o calor das mãos. E, na imensidão da beleza inexplicável, era quanto lhes bastava.

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