… (des)ilusão
Entreguei-lhe um coração, daqueles transparentes, esculpidos em silêncio. Um coração que outrora esculpi com minhas próprias mãos e que traduz o que seríamos mutuamente, ou o que dizíamos sentir. Aquele coração entregue a ti, tu destruístes com tanta dedicação e empenho, na tentativa de encurtar o espaço que havia entre nós. Tu esqueceste que todo espaço é necessário mesmo quando os corpos permitem fundir-se num só. Agora, estou aqui reconstruindo o coração que te entreguei, mas ele será de metal, mais sensível ao toque e qualquer queda brusca. Talvez assim percebas que as nossas vidas não mais se cruzarão e que, para mim, tu não passas de fotografias rasgadas e memórias esquecidas. E aquele pequeno espaço que um dia foi tênue, aquele reflexo de silêncio necessário, agora é mais que indispensável para que, tenha certeza que aquele coração de vidro não pulsa em suas mãos…
Despedaçou-se no tempo!
Suzana Martins – 10/2009
Maria Fernanda
Uau! Que texto mais forte e impactante!
Adorei!
Suzana Martins
Obrigada Maria Fernanda!!! 🙂
Muito obrigada pela visita! Volte sempre!!!
Beijos!!^^
Pérola
A vida tem muitas marés e sempre tem pessoas novas entrando em nossas vidas.
Beijinhos
Suzana Martins
É Pérola, a vida tem uma combinação de maré mansa e tempestades de sentimentos!!! 😉
Beijos