Duas vezes me findei antes do fim
Morri ontem
a meia noite
enquanto as palavras
evaporavam
do teu hálito
abafado.
Morri anteontem
no meio da sala
quando tocou
meu corpo
tal qual
violão afinado.
Morri hoje
em teus braços
no tempo oculto
da tua derme
a enroscar
o arrepio
da minha vontade.
Morrerei amanhã
mergulhada
no teu desejo
no desenho arriscado
do meu querer.
E antes mesmo do fim
entrego-me.
Entrelaço meu anseio
no teu corpo,
na tua pele
na tua boca
a lamber vontades
nuas.
Morri no teu desejo
sussurrado em mim.
Suzana Martins
Projeto Blogvember – Scenarium Livros Artesanais
Título: Emily Dickinson – tradução Jorge de Senna
Participam juntos comigo: Lunna Guedes – Obdúlio Nunes Ortega – Roseli Pedroso e Mariana Gouveia
Roseli
Morri diante de tamanha beleza de poema. Takipariumulher!!!!
Lunna Guedes
Acho que preciso de uma xícara de chá… e de nova leitura entre goles.
Por ora, deixo o meu UAU e claro que pensei nas páginas de um livro-prometido
ai ai ai
Obdulio Nuñes Ortega
Que bela maneira de morrer! De novo, de novo, de novo…
Mariana Gouveia
eu morreria mil vezes aqui… uau!
Suzana Martins
Ah menina Mariana!! <3
Suzana Martins
é um morrer sem fim… <3
beijos, Odulio!!
Suzana Martins
ai ai ai Luu!!!
Preciso respirar!! rsrs
Suzana Martins
Ahhhh Roseli, querida!! <3
Obrigaaada