Em delírio me transporto ao limbo
Caí nas extremidades
das minhas palavras
arranjadas.
Tombei entre nuvens
de tempestades
que entardeciam
estremecidas no céu.
Machuquei os joelhos
fartos e cansados
das rezas absolutas
ininterruptas
de todas as minhas
letras emendadas.
Lesionei o músculo
feri a pele
rasguei a carne
costurei o verbo.
Caminhei à margem
do poema infame,
inacabado
incompleto
delirante
cheio de rupturas
e incertezas
da alma.
Caí no limbo
a transportar incertezas.
Tombei na curva
do verso incessante
desfiz a pausa
no desvario
da palavra aguda
e carreguei em meu corpo
todas as cicatrizes das
letras interrompidas.
Suzana Martins
Projeto Blogvember – Scenarium Livros Artesanais
Título do post: Katia Kastañeda (labaredas)
Participam juntos comigo: Lunna Guedes – Obdúlio Nunes Ortega – Roseli Pedroso e Mariana Gouveia
Roseli
Suzana você tem uma maestria com as palavras e ideias que simplesmente me deixa sem ar. Belo isso que escreveu!!!
Lunna
Cai nesse poema e fiquei cá a suspirar horizontes.
Gente, esse poema causou-me pequenas convulsões.
Quero o poema (esse também) já pedi o outro e não recebi, snif
Estou assim, a reclamar e a reclamar e a pedir e a pedir. rs
Mariana Gouveia
Uau, uau, uau!
Suzana Martins
Menina Mariana!! <3
Suzana Martins
hahahaah pode pedir seeeeeeempre!!!
Suzana Martins
Ah Roseli, me encanta demais a tua leitura!! <3