Encontrando Tempo [Parte II – Final]
Victória estava cansada, seus braços doíam, seu corpo pedia terra firme para poder descansar. E quanto mais se aproximava da margem, mais fraca ia ficando, porém ao mesmo tempo sabia que tinha forças o suficiente para poder conhecer quem a esperava do outro lado.
Neste momento soube exatamente como se sentiam aqueles pescadores que tanto observava na praia. A alegria de encontrar alguém em terra firme depois de tanto tempo navegando. Adivinhem? Ele estava lá novamente, inundando os pensamentos delas: o tempo.
Pensava isso porque ainda não conhecia Thereza. Thereza era uma mulher cheia de certezas incertas. Fica difícil pensar em alguém tão cheia de perguntas quanto Thereza era. A canoa se aproximava e Thereza já havia elaborado umas quinhentas perguntas. “Quem era aquela? De onde viera? Porque viera? Quanto tempo demorava? Porque justo ali?”.
Victória chegou a margem. Elas se olharam. Cumprimentaram-se com um sorriso e ficaram olhando uma para outra. Nada romântico. Tudo intrigante.
Thereza levantou-se e estendeu a mão para aquela que os braços estavam trêmulos de tanto esforço.
– Oi…
– Oi. Tudo bem?
– Uhum…[pensativa] Você é…?
– Victória!
– Thereza…
– Atravessei o mar…
– Estou aqui desde cedo.
– Precisava de um tempo…
– Eu só penso no tempo.
– Você parece cansada.
– [risos] Você é quem parece!!
– [risos] Estou sim. Porque pensava no tempo?
– Eu penso em tudo, o tempo todo!
– Tempo, tempo, tempo… essa palavra é que me preocupa e me intriga tanto. Não há respostas para as minhas inquietudes. Nunca vejo respostas óbvias, apenas teorias… O que é tempo? Por que existe o tempo? Quanto tempo? Preciso de um tempo… Às vezes essas expressões não fazem sentindo.
Elas caíram na risada. Sentiram-se íntimas. Como amigas de longa data. Thereza adorava palavras intimistas. Victória queria férias. Ficaram ali por horas pensando. Hora quietas, hora falantes. Sim, expressões e (des) encontros as vezes não fazem sentido!
Ego
Após muitas esperas, dúvidas e lutas Thereza e Victória conseguiram, pelo menos em parte, alcançar seus objetivos. Assim, neste imenso rio da vida todos desejam um porto seguro seja em algo ou alguém… mas o rio é cheio de lugares desconhecidos e que nos causam medos, mas as descobertas nos fazem desejar mais ainda o desconhecido, como se procurássemos sempre um desafio pra cuidar… e entre nós e o desconhecido lá está ele: o tempo que parece dar conta de tudo. Encontrarão Thereza e Victória as respostas que procuram? Que desvendem os oráculos e possam chegar a um porto: a felicidade!
Abçs dos pensadores!
Du
Lindo desfecho, Sú!
Olha só:
“Amor é privilégio de maduros
Estendidos na mais estreita cama,
Que se torna a mais larga e mais relvosa,
Roçando, em cada poro, o céu do corpo.
É isto, amor: o ganho não previsto,
O prêmio subterrâneo e coruscante,
Leitura de relâmpago cifrado,
Que, decifrado, nada mais existe
Valendo a pena e o preço do terrestre,
Salvo o minuto de ouro no relógio
Minúsculo, vibrando no crepúsculo.
Amor é o que se aprende no limite,
Depois de se arquivar toda a ciência
Herdada, ouvida. amor começa tarde.”
(Carlos Drummond de Andrade)
Respondi teu comentário lá, viu?
Beijão no coração
Su
Ego,
é verdade… conseguiram alcançar, em partes, os seus objetivos. Pois esse negócio de tempo é mto relativo e complexo. Temos que dá tempo ao tempo, para entender o que o tempo nos reserva!!!!
Abraços…
Dú,
Acho lindo esse poema, Drummond arrasa!!!
Beijooos \o/
Brisa
Tempo, todos nós precisamos dele e assim entenderemos que as coisas nunca acontece fora da linha.
Muito bonito!
Abs
HenriqueM
Suzana, devo lhe parabenizar sinceramente pela sua evolução no que escreve. Comparando o começo do seu blog com o que li agora dá pra perceber a diferença gritante na forma de escrever.
Li a primeira parte, como eu havia lhe dito que iria fazer. Me surpreendi com uma coisa que para os outros pode não ser importante, mas para mim tem grande valor: as ilustrações dos textos. Incrível como tu conseguiu escolher uma imagem metafórica exatamente como o texto. E essa segunda parte também é envolvente. E me senti confortável a ler o texto, por causa do nome Victoria. Foi exatamente esse o nome da mulher da primeira ficção que escrevi para o meu blog.
E sobre o diálogo, de quando as duas se encontram, é fantásticos. São frases que podem ser tomadas como “frases soltas”, só que elas se encaixam perfeitamente para formar um sentido compreensível.
E essa questão do tempo me lembrou do trecho de uma música “Tempo, tempo, tempo, mano velho… vai, vai, vai, vai, vai, vai… Tempo amigo, seja legal. Conto contigo, pela madrugada, só me derrube no final”.
Tô com muito orgulho de ti, e contente comigo mesmo por ter influenciado a entrar nesse mundo dos blogs.
Um beijo bem carinhoso.
Rô
Lindo e dignificante seu texto.
Tempo é questão de preferência!Assim dizia um grande amigo que já se foi.
Sú, que saudades venho agradecer seu carinho minha lindinha e lhe dizer do grande apreço que tenho por você.
Tenha um final de semana abençoado e muito gostoso!
Beijos em seu coração!
Obrigada pelo seu tempo para comigo!
Su
HenriqueM:
vc é o meu padrinho aqui na blog’sfera, desde os tempos em que morava ai em xerém vc já passeava por aqui. Eu não entendia direito o que qria dizer, mas me apaixonei aos poucos por cada letrinha que ia escrevendo. Logo no início colocava textos antigos e hoje eu escrevo para postar. Obrigada pelas lindas palavras que me cobriste agora, fiquei até emocionada, porque eu sei que vc não gasta os seus elogios a toa e vc é mto sincero em tudo que diz!!
Obrigada meu querido, aprendi mta coisa com vc e hoje estou colocando em prática!!!
BEijooos no seu coração!!!
vÓ Rô,
obrigada minha linda!! Obrigada de coração… e não precisa agradecer pq sempre que tiver tempo passarei por lá para deixar meu beijo pra ti!!
Tbm gosto demais da senhora!!
Beijooooo grande e bom FDS!!!!!
Agda Gabriel
Muito bonito Suzana. Parabéns!
Que seu barquinho veleje sempre em aguas calmas e te proporcione encontros tão singelos quanto esse.
Abraço.
Su
Obrigada querida!!!
E que as suas asas aqueça o coração de mta gente que precisa apenas de te ler um pouco!!
Abraços e bom FDS!!
Gata Borralheira
O tempo que esperei para ler o fim da história valeu a pena… Mas quem sabe ela ainda não terminou… Só o tempo vai nos dizer isso… Só o tempo…
Parabéns pelo texto, Su!
Beijinhos!!!
Márcia(clarinha)
Que nas águas plácidas a mercê das marés o tempo lhe seja gentil.
Espetacular texto.
Somos o que desejamos.
lindos dias, flor
beijos
Agda Gabriel
Sú…a gente lê apenas quem nos comove, quem nos ensina de alguma forma, quem nos enche a alma de alegria com palavras simples!
Eu me esforço, quem sabe um dia eu aprenda a escrever direito! Então ganharei leitores fiéis, como você! Obrigada pelo carinho querida.
Beijão pra ti. Bom final de semana.
Montanha
Demais…..Muito bom
Queria propor a você para escrever algo entre o mar, ondas, amores que vem e vão embora sem deixar rastros, que tal?
Montanha
alemontanha.blogspot.com
Su
Camilinha,
que bom que gostou e que valeu a pena. Obrigada pelas palavras, e quem sabe essa história continue em um outro tempo!! BEijos qrida!!
Obrigada Clarinha, espero que o tempo seja gentil para nós!! Abraços qrida!!!
Agda, não seja modesta! Na minha opnião acho que escreves mto bem!!
Abraços e bom FDS pra ti!!
Montanha, obrigada pela visita e volte seempre!!! Pode deixar que navegarei por lá!! Abraços
Mariana
Su… vim aqui ler seus comentários… que tb sçao meus! hgehehehe
adorei!! demos certo!!!
vá lá no meu blog ler os seus tb!!!
beijoss
Su
Com certeza esses comentários são nossos querida!!!!!
É seempre bom ter vc aq!!
beijooos