Friendship is…
Esses dias reencontrei, aliás, vi uma amiga dos tempos de colégio. Naquela época, nós costumávamos andar sempre juntas, embora ela não fosse a minha amiga mais próxima.Mas nesse dia em que eu a vi, não houve proximidade alguma. Pelo contrário, eu não tive sequer vontade de falar com ela. Estávamos ambas atravessando a faixa de pedestres, mas em sentidos contrários. Logo, ela vinha ao meu encontro. Como chovia, eu usava um guarda-chuva; ela, não. Foi então que entre as duas avenidas, o sinal fechou e ficamos as duas paradas no canteiro central à espera do sinalzinho verde para nós. Naquele momento, me surpreendi comigo mesmo, pois abaixei o guarda-chuva de modo que ela não pudesse ver. O sinal abriu e cada uma seguiu seu caminho, seguiu o ritmo da vida. É, há muito tempo nossos caminhos já não coincidem mais.
Foi estranho ver alguém que um dia esteve sempre comigo, e não ter vontade nem de cumprimentá-la. Talvez eu não estivesse com vontade de ouvir aquele “Amiga” burocrático, ou aquele “Quanto tempo!” automático, tampouco aquele “Vamos combinar alguma coisa” dito no falso calor das falsas emoções.
Algumas amizades conseguem resistir ao longo tempo e às grandes distâncias, mas creio que essa não seja a regra, mas sim a exceção. Para mim, amizades são como plantinhas que precisam ser regadas para viver. Uma palavra carinhosa; um gesto de afeição; um souvenir de uma viagem, representando que eu estive longe, mas lá lembrei de você; um telefonema sem motivo; um email em horário de trabalho; uma mensagem só para dizer um “oi”. São pequenos gestos que fazem grandes diferenças, fazem um amigo sentir-se querido, único e especial. Amigos são cativados, para depois serem cultivados.
Nos idos daqueles tempos de escola, éramos seis meninas que andavam sempre juntas. Dessas seis, tenho, hoje, contato constante com apenas duas. São essas que me cultivam e me cativam a cada dia, e a quem eu me orgulho de chamar de “Amigas”.
P.S: Minha casa está quase pronta. Prometo convidá-los para a inauguração.
Du
Tenho a impressão de já ter lido este texto lá na sua casinha Nati, ou então um outro falando sobre o mesmo assunto, sei lá! Deve ser a sensação de nostalgia que ficou no ar agora, enfim… já aconteceu da mesma forma! Amigos que conviviam diariamente comigo, durante anos e sumiram do mapa, outros poucos permaneceram e os que ficaram, são como irmãos!
Já falei que você escreve muito bem, né?
Beijos, queridona!
Natália
Não é o mesmo, Duzinha. Mas provavelmente tu já deve ter lido algo sobre esse mesmo assunto por lá.
Meu pai, que é um cara de poucas palavras, uma vez me disse que eu não ficasse triste quando os “amigos” partissem, porque os poucos e bons, esses sim ficariam.
Anyway, muuito obrigada pelo elogio. Fico até sem graça de receber um elogio desse vindo de alguém que escreve tão bem como você, Duzita.
Beijinho, sweet
Su
Quando são amigos verdadeiros ficam para sempre, não é?!! Da época da escola, dos grupinhos alguns eu encontro, outros foram embora (eu sou uma delas), mas o contato é pouquíssimo… Tenho um grande amigo, desde a época da alfabetização que nunca perdemos o contato, uma amizade que o tempo não destruiu, apenas fortaleceu.
E engraçado que eu sempre fico pensando sobre esse assunto, principalmente quando penso nos meus amigos virtuais, que são muito mais sinceros que esses que estão sempre com a gente!!!
Du, fecho contigo, a Nati escreve bem demais!!!
Beijos Nati, obrigada pela força!!
Beijos, Duzinha!! Amo vc!!
Wander Veroni
Oi, Su e Nat!
O mais bacana é que a Nat não saiu do perfil do Entre Marés. Parabéns a essa parceria, viu! Acho que todo mundo já passou por isso uma vez vida. Ainda mais quando se acorda com o ovo virado ou quando encontramos alguém que não é um exemplo de companheirismo. Amigos de verdade ficam, colegas vão e vem.
Beijos,
=]
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http://cafecomnoticias.blogspot.com
Lu.
Não é pq eu seja antipática, mas detesto encontros diplomáticos, do tipo que os amigos de outrora se encontram em um shopping e falam sobre as suas vidas [sem elas] como se estivessem apresentando relatórios.
Já fui convidada horrores para participar desse tipo de reuniãozinha e sempre ignoro a existência deles. Penso que já passou, que no momento elas não cabem em minha vida…sei lá. Não sei lidar bem c reencontros de relacionamentos que não perseveram.
Eu teria feito o mesmo q vc, Nati/Paty.
Bjooo
Daniel
É querida, Su! Acho que somos sobreviventes! Conservamos nossa amizade mesmo a distância. Crescemos, mas sempre ficamos ali, a amizade conservou. Quantas vezes eu desviei de alguém na rua porque eu sabia que vinha hipocrisia por ali, infelizmente nem tudo é amizade e sim um jogo de interesses!!
Obrigado pelo carinho, querida!!
Beijos
Lorena
Entendo perfeitamente, Nati. Sou assim também e não me culpo. Muita gente me culpa ou não entende porque muitas vezes eu evito pessoas que um dia foram importantes pra mim. Mas não consigo, não consigo mesmo, agir com falsidade e fingir sentir por aquela pessoa algo que não existe mais. Cumprimentar, posso cumprimentar. Mas se a amizade não existe mais, se o meu sentimento, e sei que o da outra pessoa também, não é mais o mesmo… Por que fingir que nada mudou se mudou sim?
Eu não sei explicar porque algumas amizades ficam pra sempre e outras não. Tenho uma grande amiga, que é quase uma irmã. Ela era minha vizinha, nos conhecemos quando eu tinha 10 anos. Eu posso ficar muito tempo sem falar com ela, sem nem mandar um oi… E quando a gente se encontra, parece que não passou um dia! Não sei explicar porque isso acontece com ela e não acontece com outros… Mas eu prefiro sempre agir na verdade dos meus sentimentos e não forçar uma situação que não existe.
Não se sinta mal por não ter cumprimentado a sua ex-amiga. E não ache que é dureza do meu coração dizer “ex-amiga”, porque isso existe sim. Mesmo que a nunca tenha existido um motivo forte para a amizade acabar; se ela não se sustentou, acabou. E agora é ex. E sigamos em frente que o mundo é grande e cheinho de pessoas novas para a gente conhecer e, quem sabe, conquistar para sempre. =)
beijão! E um beijão pra Su tb! =)
Cαmilα ♥
Ai Suzinha… entendo isso!
Como vivo mudando de cidade, volta e meia reecontro pessoas q se perderam de mim e escuto a frase: “vamos marcar algo depois…” com aquela cara: por favor não me ligue.
BeijOs querida
Eurico
Tua sinceridade engrandece o que escreves. Concordo contigo. É duro reconhecer mas os amigos de longo curso estão rareando. Os meus de infância, meu Deus! Sumiram. Tenho camadas geológicas de amigos que já não interagem e sumiram por um buraco na terra.
Tenho saudade, mas, o que fazer?
Abraçamigo e fraterno.
gercicristal.blogspot.com
Olá esse post me fez lembrar de algo q falou amizade é com o uma plantinha e tem de ser regada. Mas te entendo e ja aconetceu comigo isso tb. Bjss e tenha uma excelente semana..
Quase Trinta
Confesso que já passei por isso também, não querer nem cumprimentar alguém que já foi muito chegado e desviar olhar, mudar de calçada…
Isso acontece talvez pq amizade precisa ser cultivada, é como uma plantinha… se não for regada morre.
beijos
Marco
A maioria dos meus amigos de escola já estão gaga. Brincadeira, mas não os vejo há anos e é justamente nessa hora que a gente aprende a olhar com outros olhos o que vem a ser amizade realmente. Grande abraço
Maldita Futebol Clube
aMIZADE É TUDO… A VERDADE É AMIGA E OS AMIGOS SÃO VERDADEIROS… O IMPORTANTE É SABER DISCERNIR QUEM É AMIGO E O QUE É A VERDADE, JÁ QUE COLEGAS E MENTIRAS GOSTAM TANTO DE ATRAPALHAR NÉ…TOMNARA QUE SUA CASA FIQUE LOGO PRONTA E TUDO FIQUE SHOW?1 BEIJÕES MIL, LEANDRO
Natália
Su, é exatamente isso que eu penso, sabia? Penso nos meus amigos virtuais, que mesmo longe, estão tão mais perto do que esses que passam por mim na rua e eu nem tenho vontade de falar. Engraçado isso, né?
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Wander, que bom que você gostou da parceria. Primeiro a Su me ajudou e agora eu vou ajudá-la um pouquinho por aqui. Sabe como é blog, né? É que nem filho: tem que cuidar.
Vou me esforçar pra não fugir do espírito Entre Marés. A Su é muito mais poesia do que eu. Eu sou, no máximo, uma prosa poética.
Tetê
Eu tinha a “mania” de procurar as pessoas. Tipo alguém querido que sumia nos anos, eu usava de todos os métodos disponíveis para reencontrar. Mas percebi que, se a pessoa some é porque o laço se desfez… Sempre ao reencontrar a pessoa, era um balde de água fria – como você disse aquele “amiga” falso – “tô nem aí prá você”. Se tem alguém que foi querido por mim, mesmo que os anos passem sem nenhum contato, a semente fica no coração e a pessoa reaparecendo eu estou sempre pronta a adubar a amizade. Mas, infelizmente, a maioria das pessoas não é assim! Obrigada pela visita! Tenha uma semana abençoada! Bjks Tetê
Will
Não acho o mesmo, mas respeito. Comigo, as amizades verdadeiras, mesmo quando esquecidas por algum tempo, só precisaram de um olhar e um sorriso para se transformarem em novos e divertidos encontros e bate-papos.