Goodbye Bafana
Mandela – A Luta pela Liberdade
A história real do líder sul-africano Nelson Mandela
Lembro de ter lido em algum lugar que existem filmes que constroem caráter. E se é assim, Mandela – A Luta pela Liberdade é um desses filmes. Baseado na história real de um carcereiro que conviveu com Nelson Mandela por décadas, na época que a África do Sul vivia o regime do apartheid, esse filme não só nos faz admirar ainda mais o ex-presidente sul-africano, como também nos faz refletir sobre as questões raciais tão presentes no nosso Brasil aparentemente distante da África do Sul da década de 60.
A história é contada por James Gregory, interpretado por Joseph Fiennes. Por muitas décadas, ele foi o único carcereiro encarregado de cuidar de Mandela. Gregory era o único que conhecia o dialeto xhosa, típico de uma região do interior da África do Sul, onde ele havia sido criado e de onde vinham Mandela e boa parte de seus companheiros. Por dominar esse dialeto, Gregory passou a trabalhar como espião, repassando informações para serviço de inteligência do governo, até que a sua proximidade com Mandela o fez passar de um simples carcereiro branco e preconceituoso a um defensor dos direitos dos negros na África do Sul.
Vale destacar a atuação de Dennis Haysbert como Nelson Mandela. Ele tem o mesmo sorriso humano e igualitário que o próprio Mandela, do alto dos 91 anos, esboça em suas aparições públicas. A meu ver, outro destaque do filme não é uma personagem em si, mas a “Carta da Liberdade” – documento contendo os fundamentos da causa anti-apartheid. Ao longo do filme, Gregory vai lendo trechos da carta, sempre às escondidas, uma vez que o documento era secreto e ele o havia roubado na ânsia de saber se Mandela, de fato, era o terrorista que o governo dizia ou era apenas alguém que lutava por direitos iguais para todos – brancos ou negros.
Mandela – A Luta pela Liberdade foi lançado em 2007; ganhou o Prêmio da Paz, no Festival de Berlim; e foi exibido na mostra Panorama do Cinema Mundial, no Festival do Rio 2007.
Se eu fosse você, não deixava de assistir!
“Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, por sua origem ou ainda por sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender e, se podem aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar.” (Nelson Mandela)
[20.08.2009]
Suzana Martins
Nati querida, vc está demais hein? Cada post melhor que o outro, estou adorando a sua parceria aqui…
Realmente esse filme é MARAVILHOSO… Sim, filmes constroem caráter e esse é um filme daquele que alma e o coração assitem juntos. Uma história encantadora…
Valeu a dica pessoinha linda!!
Beijos