Grandes ruas de silêncio levam aos arrabaldes da pausa
O silêncio ali
a vagar o deserto
a encarar a rua vazia
alagada
salgada
a salvar
minh’alma
em fragmentos de lua.
A pausa aguda da memória
a observar detalhes etéreos
o mar a molhar a areia
o deserto a admirar oásis
mudo
quieto
calmo
a elevar a tempestade
das minhas letras
irreais.
A mansidão
a atravessar metáforas
a alinhar os astros
a rasgar o efêmero
volátil
inquieto
absurdo
A órbita a transpor
o caos de minhas
inquietudes.
O dia
a correr em diálogos
a ferir o tempo caótico
incerto,
calado
fechado
marcado
pelas minhas letras
tatuadas no papel.
Suzana Martins
Projeto Blogvember – Scenarium Livros Artesanais
Título: Emily Dickinson – tradução Jorge de Senna
Participam juntos comigo: Lunna Guedes – Obdúlio Nunes Ortega – Roseli Pedroso e Mariana Gouveia
Mariana Gouveia
Primeiro, fiquei impactada pela folha… ah, a folha!
Só depois sorvi o poema… ainda estou embriagada aqui!
Roseli
Aprecio demais o talento de vocês poetas, de brincar com as palavras e dizer tanto com tão poucas palavras. Colhidas com delicadeza e ofertadas com exatidão em forma de poema. Lindo Suzana!!
Obdulio Nuñes Ortega
Linda tatuagem, Suzana! É quase como se pudesse tocá-la com dedos intrusos em pele arrepiada…
Suzana Martins
Uau Obdúlio!!!
Obrigada!!!^^
Suzana Martins
Ah Roseli que comentário mais lindo!!!! <3
Eu fico encantada com o teu olhar e com a tua facilidade de arrumar letras!! <3
Beijos
Suzana Martins
Ah Menina Mariana, e eu fico aqui impactada com as tuas palavras e o teu olhar que é puro contentamento!! <3
beijos