O tempo passa rapidamente sem se atropelar nesses ponteiros que insistem em animar horas e minutos, e protelam aqueles que querem pura e simplesmente passar pela vida sem correr contra ele mesmo: o tempo! Inúmeras contagens regressivas sem sentido estão ali inertes a qualquer coisa esmagando quem precisa apenas de segundos. Não adianta vir com flores, porque o próprio tempo as castiga. Fazem-na secar dependendo da sua importância. Esmaga sem dó nem piedade. Tempo! Incansável tempo que corre sem ter pressa e acalma-se apressado. Horas incertas que são migalhas de súplicas daqueles que querem apenas um minuto a mais. Incontrolável e perceptível, porém vive escondido entre as cartas e papéis usados que são pretéritos imperfeitos, procurando as horas finais. Mas ele não acaba! O tempo é infindável, mesmo quando se pensa que chegou ao seu desfecho final, ele está ali, imóvel! Não terminou… ainda pulsa no pulso, no tempo, onde for, mesmo contando lentamente, ele ainda está pulsando… atrasando… pulsando… em pausa… Incontrolável tempo!!