Sentirei saudades das nossas conversas sobre o nada, no meio do nada, numa madrugada de sábado onde a saudade cantava alto. E ela, a saudade, estava acompanhada por aquele vinho barato digerido de cabeça para baixo!

– … Júlio, linhas paralelas nunca se encontram…

– Onde houver linhas paralelas, lá estaremos, andando lado a lado e desmentindo a sua teoria de que linhas paralelas nunca se encontram. Ou você se esqueceu que nós nos encontramos. Somos duas loucas linhas paralelas?

A saudade de hoje é um silêncio eterno que ensurdece a minha alma. Saudades… Eternamente, saudade!

“Dois amantes felizes não têm fim nem morte,
nascem e morrem tanta vez enquanto vivem,
são eternos como é a natureza.”
(Pablo Neruda)