Metamorfose
(Cecília Meireles)

Súbito pássaro
dentro dos muros
caído,

pálido barco
na onda serena
chegado.

Noite sem braços!
Cálido sangue
corrido.

E imensamente
o navegante
mudado.

Seus olhos densos
apenas sabem
ter sido.

Seu lábio leva
um outro nome
mandado.

súbito pássaro
por altas nuvens
bebido.

Pálido barco
nas flores quietas
quebrado.

Nunca, jamais
e para sempre
perdido

o eco do corpo
no próprio vento
pregado.

Eu sou apenas eu longe ou perto de mim, apenas um sorriso ou um choro. Uma vontade de viver e o desejo de ser pura e unicamente feliz! E quando estou cansada, tento fugir desse meu eu e procuro conversar com o silêncio e entender cada palavrinha que ele tem para mim. Somos todos assim, meio solidão e confusão, alegria e tristeza, somos seres humanos cheio de fases como a lua apenas querendo ser felizes. Nostalgia é uma espécie de poesia de momentos, e não há verbete que possa explicar, apenas sentir!!

* Poema que eu recebi por email da minha querida amiga e escritora Lunna depois de um breve comentário nesse texto aqui. E por ai vamos encontrando um pouco de Cecília Meireles pelo mundo.