Tenho em mim cicatrizes provocadas pelas feridas de sentimentos de um passado que parece presente. Cicatrizes essas que formam um mapa de versos mortos que escondo do mundo, e dependendo da palavra que visto, elas aparecem. Tenho em mim cicatrizes dos dias passados e de promessas que foram desfeitas como um castelo de areia na praia sendo levado pelas ondas do mar. Tenho a dor do sentir amordaçando silêncios doloridos provocados pela quebra de palavras desfeitas ao entardecer. Tenho em mim aquelas cicatrizes feitas sem dor e tantas outras feitas de propósito, onde em minhas feridas, sangue foi jorrado como cachoeiras doloridas. Cicatrizes rasas, profundas e outras que fiz intencionalmente. Tenho em mim dores que ninguém conseguiu chegar ou enxergar e tantas outras feridas por cicatrizar. Tenho em mim mapas de dor e de refúgios que com palavras tento amenizar. Dores que cicatrizam com os versos que ficam por dizer…