Desde que eu comecei a ancorar por essas marés, volta e meia alguém comenta “Concordo com você, Su”, ou então “Oi, Suzana. Beijos, Florzinha!”. Para aumentar a confusão, se eu respondo a algum comentário, lá aparece meu nome bem ao lado de uma fotinha da Su. Sim, porque a dona do blog é a Sue ela coloca a foto dela aonde bem entender.O fato é que a combinação invasão de blog + foto trocada resultou em que muita gente acaba pensando que eu sou a Su e a Su sou eu, que nem Alceu Valença e Moraes Moreira, que um monte de gente confunde, apesar de eu achar que não tem nada a ver.

Como menina católica que sou, resolvi desfazer os passados ou futuros mal-entendidos, explicando como eu vim parar aqui, por que eu ainda estou por aqui e otras cositas más.

1. O antes do Antes
Muito tempo atrás, uma menina chamada Suzanna Martins, que eu não lembro se nessa época já assinava como “Su“, deixou um comentário lááá no meu blog. Como sempre faço, fui conhecer o blog dela, que, nessa época, ainda nem era o Entre Marés. Lembro de ter dado uma olhadinha por cima e ter visto bastante poesia. Eu não tenho muito hábito de ler poesia, então, não dei muita importância. Essa história eu nunca contei para a Su, de forma que ela também não sabe que, naquela ocasião, eu não gostei do template e por isso não visitei o blog mais vezes. É, eu julguei o livro pela capa. Coisa feia, eu assumo.

2. O Antes
Passado esse episódio, lembro que em todo blog que eu visitava (e comentava) lá estava a Su. Lembro quando o Amigão passou por uma cirurgia e ficou impossibilitado de postar. Adivinhem quem postava vez ou outra? A Su. Lembro do carinho com que os blogueiros da turma falavam dela e a amizade que eles dedicavam à Suzinha. Resultado: fiquei curiosa pra saber “o quê que a baiana tem”. Resolvi convidar a Suzana para participar da extinta Coluna de Quinta do meu blog. E adivinhem? Ela aceitou. E foi tão carinhosa e atenciosa ao receber o convite, que eu não tive dúvidas. Naquela hora eu soube o porquê de todo mundo gostar tanto da Suzana.

3. O Durante
Nos dias que antecederam a publicação da “Coluna” trocamos emails e começamos a nos falar por msn. Logo nas primeiras conversas, parecia que nos conhecíamos de outra vida tamanha a sintonia que eu senti nas palavras da Suzana. O tempo passou, a amizade foi crescendo, a cumplicidade também.
Veio a reforma do meu blog. A Su me ofereceu um espacinho aqui para escrever enquanto eu estivesse sem ter onde postar. Fiquei feliz, afinal, tanta gente boa visita este cantinho, diariamente.
A reforma ficou pronta. Meu blog voltou. Mas aí veio o período pré-vestibular da Suzana e, então, eu me ofereci para manter constantes as atualizações do Entré Marés, de modo que ela não precisasse sacrificar o tempo de estudo para escrever no blog. E foi assim que eu cheguei até aqui.

4. O Depois
O depois ainda está acontecendo e se Deus quiser (e tudo der certo) vai perdurar por muito tempo. A Suzana (e a Duzinha) me fizeram ter prazer em ler poesia e talvez esse seja um dos motivos pelos quais eu continuo aqui. Acho que eu gosto de fazer parte das marés da Su. E também gosto muito de que ela faça parte dos meus pedacinhos de bossa.

“Mas a gente gosta quando uma baiana
Samba direitinho, de cima embaixo
Revira os olhinhos dizendo
Eu sou filha de São Salvador”

Coisinha baiana do meu coração, obrigada por fazer parte da minha vida!