Nossas Marés apresenta: @priscilacaliga
Re-convite: Priscila Cáliga
“A menos que soubesse para o quê
Estou desorganizada porque perdi o que não precisava?”
Lispector, Clarice
Georgiana com o corpo exausto, oxigênio por um fio e ao som do calor dos minutos sem tempero, não lavara mais sua pele ao perfume das flores. As horas tão doloridas das falácias remoídas, re/constatadas, retratavam sua tinta num curso de alicerce congelado. Com outra plumagem. A borda da xícara em outra forma, e que não haveria semear abundante de paisagens à vista.
A busca e entrega já não uniria pedaços e o quebra-cabeça da vida convictamente, jogado pela sacada. São cenas do espetáculo em luto. O que tanto amara abolida agora. Literalmente, incrédula na metafísica da linguagem. Desaprendera requintar o reflexo da alma cadenciada, que proclamava esperança no confronto/conforto lírico.
Seu olhar focara-se na sequidão dos pomares, tomado como decreto, dado a cegueira instalação à autonomia. Uma funcionalidade que a retirava da essência do interior em artista real; sentido multifocal. E no apenas limitar-se a escuta das palavras que passavam. O trovões que gritavam identidade com tentativas de desinquietá-la do estado cômodo, ignorados. Algumas vezes até sabotados por causa do crescimento de sua resistência. O viver passivo e doentio: predominância!
Ela que hipnotizada na montanha desenhada de folhas amareladas, de momento em momento queimados, e com lágrimas na garganta, não absorvera a luz que por uma fresta mínina dava sinal de salvação. Pois seu espaço estava inteiramente tomado de escuridão. O que havia levado-a em mãos nesta postura e visão, já contaminara a próxima primavera. Ao silêncio e angústia.
“O quarto é retrato de nossa alma.”
(Priscila Cáliga)Conheça os caminhos dessa escritora de almas: Jardim Secreto!
Aluado
Seu blog me foi indicado pela amiga Bárbara do Suspicious Memories ^^. Vim, li alguns textos e fiquei encantado de verdade. Até porque uma das coisas que eu mais faço é navegar.
Portanto, faço o que é preciso!
Estou te seguindo, passe lá no meu cantinho, diga o que achou (:
Beijos, fica bem.
Jorge Pimenta
querida amiga,
a priscila, com a sua agudeza de espírito e o olhar subcutâneo que caracterizam, é alguém que consegue tocar o mais insondável do ser, nos seus matizes e desvios. a leitura do seu jardim fez-se-nos, há já muito, obrigatória. vê-la a respirar entre marés, este lugar de reflexão e divulgação das letras da alma, é admirável.
beijo a ambas!
Suzana Martins
Minha querida Pri,
como é prazeroso receber você em Nossas Marés, como é satisfatório ter as suas palavras derramadas aqui. Letras desenhadas num papel amarelecido de saudades e que encantam a todos. Versos que acalentam a alma e gritam em silêncio uma tempestade proclamada pela poesia de sonhos…
Suas palavras moram dentro de mim…
Beijos linda!!!!!!
Obrigada
Canteiro Pessoal
Jorge, digo o mesmo do vosso espaço, que a cada pouso feito, consegue penetrar à espaços aos quais muita dureza prevalece; provocas quebra, e o rever de pontos para a escala de sucesso interior, mais humana e sensível.
Abraços ave rara!
Canteiro Pessoal
Su, és recheada de graça e um olhar capaz de mover montanhas no coração dos leitores [da vossa leitora, muito apaixonada por tudo que lê e relê]. Seus registros sempre tão bem alinhados e repleto de sensibilidade ímpar, ao qual me transforma, traz comoção transbordante nas minhas asas. Eu que agradeço por aqui deixar meus rastros, por ser escolhida mais uma vez entre tantos que exprimem uma escrita nobre.
Abraços e obrigada querida!
Pri