‘o tempo não para’

Brincar de olhar fotografias antigas é uma maneira de sentir saudades em conta gotas. É como perder-se na praia ouvindo as marés e tentar descobrir até onde vai o infinito. Não dá para descrever o sentir, isso porque o momento fica cheio dessas sentimentalidades sem palavras. Eu paro e fico pensando em tanta coisa que foi vivida esquecendo até que as pessoas cresceram e criaram suas próprias vidas.

Não! Eu não estou triste. Nem estou carregada daquela melancolia que traz lágrimas aos dedos. Fiquei aqui apenas relembrando situações da minha adolescência e de alguns momentos atrás. Uma espécie de sensação gostosa que traz sorrisos a derme.

Hoje li algo numa rede social de uma amiga, do tempo da escola, que me fez pensar nessas coisas. De repente me pensando em coisas da época e para mim é como se todos ainda estivessem lá, parados no tempo. Num contar dos segundos, quando terminei de ler, eu realmente acordei e percebi que as pessoas cresceram formaram suas vidas, alguns ainda não casaram, mas a grande maioria conquistou sua independência. Ninguém ficou parado no tempo!

Estranho esse meu pensar. E não é porque me lembrei das situações com pessoas de dez anos atrás, mas a imagem que vem até mim é de pausa. O mundo não gira em torno do meu umbigo. O mesmo relógio que grita as horas para mim é o mesmo que criou histórias de outros mundos com pessoas que eram do meu convívio. A vida é esse círculo que é cheio de notas no meio da pausa.

Imagem: weheartit

E agora fico aqui, brincando de polaroides, contando histórias e escrevendo no vazio das minhas letras que buscam o tempo perfeito para iniciar um novo ciclo… E como dizia Cazuza: ‘o tempo não para’!