Sopra o vento sobre as nuvens
numa tarde tecida de fios de incerteza.
Sopra a noite sob as nuvens
num entardecer em que o sol se reinventa…
Sopra a madrugada numa manhã
de chuvas e sol pincelado de sonhos.

O sopro e todas as suas ilusões:
é ali onde me invento, me esvoaço
tal qual ave perdida nos caminhos do sol.

No vento: sigo sem rumo invadindo o sono,
nas ondas do ar: caminho sem saber de praia,
num balanço de nuvens: invento o vento
sem sabe onde vou cair.

Penso em planícies onde eu possa pousar,
paro o vento e pouso solta no ar.
Desafio as aves que sobrevoam a praia
para, quem sabe, num voo final, alcançar o mar.

(Suzana Martins – Janeiro/2011)

Ps.: Há palavras minhas combinando em versos pela blogosfera. Hoje estou no blog: Uma Combinação Perfeita! É só clicar aqui para combinar comigo em “uma quarta-feira… sem cinzas”.

Aguardo vocês!!