Fui consumida / pelo rasgo infinito / da tua letra ferida. / Morri lentamente / esquecida no canto da sala / sem sentir o ar / a exalar pelos pulmões.
Estava mergulhada na essência das tuas falas ausentes a recitar versos indomáveis sobre nós. Lembro de cada vírgula tua. O teu verbo suave a enfeitar a tua fala. O toque das tuas mãos quentes. O abraço aconchegante...
Observo-te de longe / e guardo em mimos teus gestos, / os teus sinaise as canções / que tu cantas ao entardecer.
O meu caminhar é livre. A minha imaginação é um gole boêmio a compensar os meus delírios e os atrasos de todos os meus passos.
Tenho vários rituais que abraçam os meus dias. Desde os palpáveis, aqueles podem ser fotografados e registrados, até aqueles abstratos cujas as lentes não alcançam. Alguns ficam no movimento do corpo, na amplitude do olhar e na expressão do dia a dia.