A mulher que sou reflete, ecoa, rompe a letra declara proclama toda sua existência pelas entrelinhas daquela página rasgada.
Morri hoje / em teus braços / no tempo oculto / da tua derme / a enroscar / o arrepio / da minha vontade.
O dia / a correr em diálogos / a ferir o tempo caótico / incerto, / calado / fechado / marcado / pelas minhas letras / tatuadas no papel.
Hoje, aquela canção noturna tocou no rádio. Lembrei das estrelas, do orvalho da caatinga, do céu do sertão e da tua viola a embalar todas as lembranças nostálgicas de minh’alma. O tempo passa apressado, mas deixa tatuado histórias, canções e todas as dimensões da nossa vida.
Chegou no amanhecer do sorriso. Atravessou o cenário. Entrou sem pedir licença. Rasgou as minhas memórias e absorveu o melhor de mim.