Daqui do meu universo contemplo os espaços que desenham além de mim. Observo, daqui de longe, as pessoas dentro das suas histórias a caminhar pelas calçadas sem ao menos olhar para o lado. Vejo também os carros que passam apressados sem marcar qualquer pausa e outras motocicletas com seus barulhos ensurdecedores a desrespeitar o radar que registra velocidades. Os intervalos parecem ameaçados por eles que apenas passam…
A manhã passou melancolicamente por aqui. Alguns botões começam a enfeitar o jardim e perfume suave da relva molhada confunde com o aroma do dia amanhecido. É a beleza do final da estação a confundir as intempéries.
Fotografou o verbo / expôs a palavra, / marcou o vocábulo. /Anotou, fotografou /escreveu o sentimento /em notas de rodapé.
Eu sempre lembro de ti quando vejo um ipê florido, principalmente os amarelos. Você é sempre tão solar. Aprendo muito com o teu universo.
O calendário ainda anuncia que é agosto/ o ponteiro apressa o passo/ a hora atrasa o mês,/ os segundos paralisam/ e o tempo confunde as estações.