Rasgou, Sangrou, Feriu… Tal qual flecha no peito, Com ilusões perdidas, Deixou o verso ferido… Rasgou… As palavras silenciosas Rasgaram os versos E aquelas esperanças Sem verdadeiras intenções… Feriu… No avesso do coração Há sempre uma ferida aberta Sem qualquer metáfora amorosa… Sangrou… O verso é sempre Um pulsar sangrando
Revelo-me agora, por inteira, Sem trégua, sem medo. Revelo o meu segredo, O meu querer, O meu desejo… Revelo-me a ti! Peço pelo teu beijo, Peço teu sexo… Entrego-me a este desejo Sem medo, sem pudor! Peço! Despeço! Imploro pelo teu sexo, Sem nexo! Convexo! Disperso… Revelo-me agora, por inteira,
Tua boca Teu sexo Vontade louca Teu desejo em mim. Minha língua, faceira, Passeia pelo teu corpo Procurando um doce e belo Abrigo. Teu toque Meu sentir Teu corpo Desejo sem fim. Tua derme Minha boca Tua língua passeando em mim… Suzana Martins – 01/2016 Fotografia: Peter Coulson Photographer
Completamente nua, Entrego-me a ti. Inteira e sem enfeites. Sem máscaras e amarras, Nua de mim… Aceitas-me? Entrego-me aqui, sob a lua, Despida de todo e qualquer Sentimento mórbido. Entrego-me a ti, completamente, Livre de mim… Entrego-me Sem pudor! Entrego-me Com desejos escorrendo Entre os dedos, Com os lábios sedentos
Um último gole é o que peço! Um gole deste teu corpo que ainda está em mim… Um último gole e só! Preciso degustar cada parte e ti Antes que meu desejo vire pó, Antes que o copo fique vazio, Antes que o líquido evapore… Um último gole e só