Um dia, sob o cinzento céu, hei de partir num veleiro azul. Viajarei sem destino, descobrindo o horizonte e buscando águas de cores desconhecidas. Partirei além mar. Navegarei em oceanos coloridos, ancorando saudades por onde pousar. Levarei dentro de mim pedaços de versos, nostalgias cinzentas e algumas tempestades. Num dia
De tanto olhar para longe, não vejo o que passa perto, meu peito é puro deserto. Subo monte, desço monte. Eu ando sozinha ao longo da noite. Mas a estrela é minha. [Cecília Meireles] Eu gosto dos meus silêncios barulhentos: a música brincando de letras, o vento imitando notas e
Pensei em algumas letras, alguns versos, mas as palavras ficaram na inércia do sentimento. Tudo ficou em branco, ou negro, não sei nada das cores para divagar metáforas… Não consegui traçar as minhas sílabas tortas, nem aquele texto com palavras absurdas que rabisquei numa madrugada insone. Até conjecturei parar de
O que eu deixei para trás foi apenas a figura das ondas que quebram na praia. O mar, esse desenho de cores múltiplas, está sempre em mim, mesmo que nas entrelinhas. Suzana Martins 07/2014
Na leveza do toque abri páginas, rasurei versos e toquei canções num violão esquecido pelo tempo. Na ânsia pela inspiração dos dias passados, entre tantas palavras perdidas, encontrei algumas linhas escritas num papel antigo. Letras soltas, outras apagadas, algumas cheias de laços, fitas e emaranhados nós que margeavam uma realidade