Nunca te falei que já morei numa cidade escondida no mapa. Nunca te falei que já passei minhas férias inteiras num sítio, nem te falei da minha paixão por cavalos. Nunca te disse nada de mim… Não te falei de como as minhas asas são frágeis, nem nunca cantarolei todas
“Navegadores antigos tinham uma frase gloriosa: ‘Navegar é preciso, viver não é preciso’. Quero pra mim o espírito desta frase, transformada a forma para a casar com o que eu sou: Viver não é necessário; o que é necessário é criar. Não conto gozar da minha vida; nem em gozá-la
Houve um tempo em que eu sentava a beira mar só para poder ouvir o barulho das ondas. Era um tempo sem tempo, sem relógios ou simplesmente, sem horas marcadas. Ficava ali apenas sentindo a brisa que vinha do oceano e minha derme absorvia os aromas trazidos pelo vento. Houve
Enquanto as horas brincam comigo, enquanto as pessoas passam apressadas à minha frente eu sigo lendo Fernando Pessoa, ou melhor, Bernardo Soares. Infelizmente, ainda não consegui tempo para encontrar alguns amigos, nem estou com tempo de parar o tempo desse mundo adulto que corre a minha volta, mas, enquanto não
“Passou a diligência pela estrada, e foi-se; E a estrada não ficou mais bela, nem sequer mais feia. Assim é a ação humana pelo mundo fora. Nada tiramos e nada pomos; passamos e esquecemos; E o sol é sempre pontual todos os dias”. [Alberto Caeiro] Eu sempre quis entender os