As horas passaram feito tempestade pelos meus ponteiros incendiando um tempo que não atravessa paredes; horas mórbidas, horas frias, horas incontáveis que atropelam os oceanos em raios e trovoadas… Despeço-me apenas dos segundos sem poder contá-los. Onde está o tempo? Onde as horas foram parar? As lágrimas escorrem feito saudade
Chegou em mim nadando em sentimentos voláteis. Tocou em minha derme arrepiando os sentidos e regendo olhares de um sonho… Embriago-me com o aroma que exala dos seus cabelos e perco-me, inebriantemente, dentro de sua voz. A inspiração veio deste post aqui.
Bem ali, no eco, onde os gritos do meu silêncio fazem barulhos, existem alguns limites que imitam sonhos. Miragem? Talvez! – não sei! Sonhos não se limitam, apenas concretizam momentos inventados. E assim, fujo de mim, mas não encontro absolutamente nada… Porém, nesses dias intermináveis pintados de azul, nasce em
“Não me peças que cante, pois ando longe, pois ando agora muito esquecida. Vou mirando no bosque o arroio claro e a provisória flor escondida.” (Cecília Meireles) Cecília Meireles desperta em mim as melhores sensações que existem… Entre as horas que correm apressadas num dia de sol, finjo ser outono
O dia amanheceu silencioso respeitando o cantar dos pássaros que cantarolavam em minha janela e o latir do cão, que com a pata batia na porta do quarto, num pedido sublime para que eu acordasse. No céu as inúmeras nuvens cinza enfeitavam a paisagem entre um respingo e outro de