Há invernos com sintomas de outono adentrando as janelas da alma… O inverno adentrou as janelas que estavam abertas e aninhou-se junto aos aromas que moravam no cais. Alguns perfumes cítricos, outros adocicados e alguns que, aos poucos, iam sendo desvendados. Na janela, fora de sua rotina, alguém a observar
Pescador
Pela primeira vez, ele fugiu do verão do litoral… Pescador estava cansado daquela euforia litorânea onde tudo era festa. Ele queria está perto do silêncio. Precisava encontrar outros cantos e ir além das montanhas de água. Ir além das ilhas. Por um momento deixou de lado toda imensidão do belo
O mar nunca estivera tão perto de todos os seus sentimentos. A maré cheia, daquela noite tempestuosa encantava um velho pescador. Alguém que estava sempre em contato com as belezas naturais e com os encantos do mar. Ele não estava sobre as águas, estava apenas à beira do cais contemplando
As pessoas olhavam as nuvens que se formavam em alto mar. Contemplavam o horizonte que no seu infinito misturava-se céu e mar tornando-se únicos. Observam os barcos ancorados no cais, o entardecer, o amanhecer. Ondas que vem e vão… A beleza do infinito é incontestável: o mar, o céu, tudo
Ela estava contemplando o sol deitar-se atrás daquelas ilhas. O dia estava cansado. Mas mesmo assim, esgotado, ele ainda tinha forças para colorir a sua despedida. Os olhos de Sofia vibravam observando aquela tela natural que os anjos, ou talvez Deus pintasse. Era um pôr-do-sol escultural. O verde das árvores
Ele levantava antes do sol. Arrumava as redes, lavava o barco e sumia naquela imensidão. Ao longe, podíamos ver a sua embarcação que se perdia naquele mar. Ficava pequenininha. Era lá que Pescador sentia-se rei, o dono dos mares. Sim, esse era seu nome. Pescador. Todos o conheciam assim. Nunca