Por Hélia Barbosa
O comando dessa embarcação hoje, está nas mãos e letras da Hélia Barbosa
Numa dessas manhãs…
Era uma dessas manhãs claras de final de inverno, em que o aroma da primavera começa a adoçar todo o ar, quando o meu amor por você se foi de mim.
O dia tinha aquele calor gostoso, lembrando colo de mãe que sabe aquecer na medida certa, sem sobrar nem faltar. Aquele calor que aquece a alma. Que faz com que a gente tenha uma vontade quase incontrolável de sair de casa, de caminhar pela rua, de espalhar sorrisos a todas as pessoas, de abraçar desconhecidos, de puxar alguém pra uma dança…
Era uma manhã assim. Dessas de abrir todas as janelas da casa, de fechar os olhos e respirar profundamente. De sentir o vento no rosto e pensar: venha com toda a sua intensidade, vida!
Sabe aquelas manhãs? Aquelas… Em que o céu é muito mais azul, as árvores muito mais verdes e o sol muito mais iluminado? Pois era assim!
Mas não devia ser…
Quando um amor morre dentro da gente, é como se parte de nós morresse ali também naquele instante. Então, não deveria haver um ar de luto? Aquela tristeza no ar? Não deveria haver um quarto escuro e frio, as janelas todas fechadas, assim mesmo, do jeitinho do coração – fechado?
Deveria ser uma manhã nublada, com nuvens muito pesadas cobrindo o azul do céu. E o vento deveria gelar os rostos. Deveria ser um daqueles dias em que as pessoas saem de casa sisudas, cabisbaixas, sem nenhuma pretensão de abraço. Deveria, sim…
No entanto, não era…
Era uma manhã gostosa e aconchegante [Como os abraços que eu não mais guardaria para você]. De um dia iluminado [Como não mais estaria meu rosto na sua presença]. De sorrisos radiantes. [Como não seriam mais os meus, tão especialmente para você].
Era uma dessas manhãs quando eu acordei e percebi que não queria mais perdoar suas mentiras, suas desculpas, seus abandonos. Quando eu senti que não queria mais suas palavras vazias, sua poesia genérica, seu amor nômade. Quando eu descobri que você não era a pessoa que eu julguei ser e que eu julguei amar. Quando eu percebi que não amava mais você… Quando meu coração sentiu uma dor repleta de vazio…
Era uma manhã de muitas e belas cores, em todas as suas nuances e matizes…
Mas dentro de mim era tudo cinza… Dentro de mim eram cinzas…
Hélia Barbosa é mineira, esposa, mãe, professora de matemática e poeta. Brinca com versos e números é uma apaixonada pelas palavras, onde as letras ganham formas num paralelo pelas linhas no infinito. Menina sonhadora, apaixonada pelos números e amante das letras, vive entre versos que brincam com números que contam histórias entre saudades, sonhos, desenhos e tantos outros fragmentos vividos e/ou sentidos.ContatoBlog: EssencialTwitter: @heliabhColunista do Arte e Cultura: Doce Inquietude
Suzana Martins
Minha querida amiga Helinha, que alegrias ter as suas palavras aqui em meu cantinho… Fico imensamente feliz em passar para ti o comando dessa embarcação!!^^
Obrigada!!^^
Engraçado como as cores e as palavras influenciam os nossos dias. Nem sempre os dias de inverno são frios, e nem dias de verão são tão quentes… Tem dias quentes que estamos com frio, um vazio de palavras e de sentimentalidades. E há tantos outros quentes, calientes que derramam chuvas em nós…
Ah… os dias, o tempo, as palavras… As cinzas que se formam em meio a tarde ensolada… De que adianta o tempo está colorido lá fora enquanto aqui dentro está cinza??
Só te digo uma coisa, vc traz luz e dias lindos para mim!!^^
Beijos minha querida!!
Te amo
Sandra Cajado
Meu Deus do céu em plena confraternização do A&C e depois do jantar divino preparado pelo arrumador de palavras eis que largo tudo e sou agraciada pelo lindo texto da Helinha.
Minha querida e amada irmã,seu texto tá arrebatador e sim, tem dias que as emoções estão deseperadas querendo encontrar novas cores mas a escala cromática do cinza insiste em bater a porta.
É a vida,é afonte das emoções aguçadas nostalgicamentes por momentos que deveras gostaríamos que passam como flashes reais em nossas vidas.
Enfim sem comentários,o mais importante é o que temos de melhor dentro de nós o resto é consequência.
Beijos,te amo!
P.S Releva o vinho do porto!
Sandra Cajado
Caraca eu gostaria muito que vocês duas estivessem aqui comigo putz…
Beijos Helinha e Su,amo vocês demais da conta!
Helinha
Ah…
Difícil encontrar palavras para traduzir esse momento…
Que não começa aqui, mas muito antes…
Quando o convite foi feito, há dias, já nasceu em mim uma alegria imensa… Ser convidada para escrever em um espaço tão bonito e bem cuidado… ainda mais, pertencente a uma pessoa que adoro…
Depois de dias difíceis, de doenças, de febre e dores, de conversas no buteco virtual e no reservado (onde, onde?? gtalk, msn, dm??), de conversas sobre imagens, da espera pela meia noite, pra poder tomar remédio e ver a Taty K na Tv, enquanto a Sandrinha, família Cajado e alguns colunistas comiam bacalhau e tomavam um Porto, ouvindo fado… eis-me aqui… feliz, feliz!!
MUITO OBRIGADA POR ME RECEBER AQUI, SU QUERIDA!!
É isso mesmo… às vezes estamos tão felizes, com nossas almas coloridas, mas o dia está tão nublado… Em outros, o dia é lindo, brilhante, mas dentro de nós é tão opaco!
O que eu sei é que amigas de verdade, como você, Sandra… como você, Su… fazem nascer um arco-íris dentro de mim!! Um caleidoscópio de cores fascinantes… que me encantam mais a cada dia!!
Por vocês eu posso dizer que a amizade é, sim, uma das mais belas formas de amor!!
E eu amo muito vocês!!
P.S: Sandra, como eu queria que estivéssemos todas juntas aí, sim… como eu queria!! Como eu queria abraçá-las muito agora… Mas você sabe, eu sei que sabe… que estamos juntas agora! E estamos sempre!! E estaremos para sempre!!
^^
Silvana Villas-Boas
Bom dia Marinheira Helia.
Sem poder demorar muito, resumo minhas palavras. Teu texto como sempre tah show de mar…..Amei.
Hoje nem pude ir no A&C, ler tua poesia. Prometo que daqui algumas horas farei isso. Bjussss
Sil
Patrícia Garcia
Minha querida amiga e irmã Hélia,
Que texto, fiquei sem ar por aqui. Álias hoje de manhã estou num estado sentimentalista e ainda deparo com este texto.
É amiga o dias cinzas acontecem, é triste, mas são inspirações para os melhores poemas.
Tudo muito lindo por aqui!
Parabéns amora pelo belo texto!
Parabéns Sú pelo belo blog.
Beijos
Valéria Sorohan
Saber dos sonhos sonhados para o deleitar da prosa que permeia a poesia é algo bom nesta internet espicaçante.
BeijooO
Tatiana Kielberman
Helinha, amiga do coração,
Há dias em que somos lua, há dias em que somos sol…
Momentos de ilusão, por cima do arrebol…
Em um momento queremos vida, no outro queremos morte…
Para uns pensamos o azar… para outros desejamos sorte!
Agora, paixão… amanhã, prazer.
Hoje, negação… amanhã, querer…
São tantas antíteses, são tantas paixões…
Será mesmo capaz que alguém morra por completo em nossas vidas?
Não seria o sol brilhante a comprovação de que esse ser, na verdade, nunca nos deixou?
E se o dia era para ser alegre, por que insistimos em fazê-lo triste?
E se está tão bom… para que dizer adeus?
Será mesmo o equilíbrio a fonte de todo o bem humano?
Lindo texto, Helinha!
Devaneios…
Um beijo!
Éverton Vidal Azevedo
Parabéns pelo texto Helinha! Você disse, sem sobrar nem faltar.
Bj.
Suzana Martins
Helinha minha querida, muito obrigada mesmo pela sua ilustre presença, fiquei feliz demais por você ter aceito o convite!!!!
Muito obrigada pelas suas lindas e amadas palavras, querida!!^^
E aos amigos que por aqui passaram, também o meu muito obrigada!!^^
Beijos
T@ty
Amora…
Eu sempre fico assim, sem saber o que falar depois de ler os seus textos. Sempre. Fico meio pasma, talvez. Me encanto, e me vejo também. Me sinto quase sempre assim, sem saber.
Enfim, fico mesmo boquiaberta, sem saber o que dizer…
Lindo! Lindo!
Parabéns Helinha…
Parabéns Su…
Beijos