Trancarei as minhas palavras dentro da gaveta. Rasgarei as minhas ideias e reciclarei todos os meus sentimentos. Não enfeitarei mais os versos, não falarei de amor, nem deixarei portas e janelas abertas.

De hoje em diante, todas as minhas palavras serão escritas com lápis transparente para que os seus olhos não compreendam as entrelinhas. Ou, se numa tarde escura rabiscar algum papel, escreverei as minhas vírgulas com o sangue de um coração ferido, escorrendo entre os dedos, rasurado pelas minhas reticências…