Saudade de ponta de pé
Eu sinto saudades miúdas, saudades grandes e faltas absurdas. Eu tenho saudades de todos os tipos: alegres, tristes, nostálgicas, vazias, completas e tantas outras acumuladas em eticetras sentimentais.
Trago dentro de mim saudades que caminham na ponta dos pés e saudades que pisam forte trazendo barulhos pra alma. Cubro-me de saudades arrumadinhas, impecáveis que doem na ponta dos saltos. Tenho também aquelas saudades leves, macias, feito nuvens de papel. Tenho até saudades simples que parecem vestidinhos de verão…
Mas trago dentro do peito aquela saudade tempestiva e faminta que absorve e destrói tudo que encontra pela frente.
Saudades daquelas azuis parecidas com o mar ao amanhecer, ou saudades alaranjadas imitando um outono solitário. Aqui dentro do peito também acumulam saudades de mim, de todos os meus eus: aqueles grandes, pequenos, adolescentes, chatos, metidos e tantos outros eus que cabem apertado dentro de uma saudade daquela aspirante a escritora de palavras fáceis e confusas.
Imito, às vezes, a ausência de tempos, mas não os tempos contados em relógios fatoriais, mas de tempos pretéritos não vividos, apenas apreciados pelos olhos numa viagem cronológica do ser… Isso se chama: saudade aguda de um passado pré-existido. Eu dou nome às coisas que crio isso é fato, então, posso anotar os nomes das minhas saudades nas pontas de qualquer papel que respira ventania.
Eu tenho essas manias de saudades que se repetem a cada pôr-do-sol e não quero perdê-las.
Enfim, continuarei aqui, sentada no velho balanço da praça, escrevendo sobre saudade e sentindo cada uma delas… E tudo isso é culpa do vento que muda e carrega consigo algumas sentimentalidades que acabei de rasurar com as lágrimas de uma saudade que ainda não descobri de que é feita.
“Saudade é não saber. Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos, não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento, não saber como frear as lágrimas diante de uma música, não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche.
Saudade é não querer saber. Não querer saber se ele está com outra, se ela está feliz, se ele está mais magro, se ela está mais bela. Saudade é nunca mais querer saber de quem se ama, e ainda assim, doer.”(Martha Medeiros)
Poupée Amélie™
Saudade nuvem e saudade fardo.
Saudade é bom… as vezes.
BeijO* querida!
Luiza Maciel Nogueira
Citando Clarice: a saudade é urgente!! Beijoss
Tatiana Kielberman
O que seria da Suzana Martins sem a palavra saudade?
Combinação linda de sentimentos e emoções…
AMEI!
Beijos, querida!
Edu Lazaro
Saudade é corrente. Fria quando distante, mas ainda prende. Engana quando mente que a gente se acostuma… Se pego e procuro o cadeado, a coisa esquenta. Certas chaves estão nos bolsos das iniciativas para algumas situações…
Abraços!
Assis Freitas
saudade é uma arma quente,
beijo
Sonhadora
Minha querida
A saudade tem tantas cores e tantos sentires…por vezes magoada e outras vezes uma saudade doce de momentos belos.
Como sempre o texto é maravilhoso.
Deixo um beijinho
Sonhadora
Denise Portes
Adorei passar por aqui e encontrar tão lindas palavras, vai conhecer meu blog: http://www.odeliriodabruxa.blogspot.com
Um beijo
Denise