Lembranças azuis tal qual o mar ao amanhecer, ou feito aqueles dias alaranjados que imitam um outono solitário. Aqui dentro do peito também acumulam saudades de mim e de todos os meus eus, grandes, pequenos, adolescentes, chatos, sorridentes, metidos... Nostalgia apertada daquelas que provocam a falta de ar.
Tag: agosto
Não te falei de como as minhas asas são frágeis, nem nunca cantarolei todas as minhas palavras disfarçadas de violões para que não as reconhecesses como minhas.
Misturado ao desejo do nosso querer, tu me presenteias com o calor do teu sorriso. Prendo-me novamente a ele e a tua teia de vontades secretas, entrelaçando-me entre as tuas pernas e perco-me em ti. Submeto-me ao fogo que arde em nós e nas texturas suaves da tua pele.
O poema está em silêncio para ouvir a canção… Enquanto as pessoas passam, fico ancorada em minhas entrelinhas a perceber apenas meus secretos movimentos…
A natureza desenha gigantescas paisagens dentro das suas imagens para reinventar as estações. No meio do inverno, um calor a avistar o amanhecer ora cinza, ora colorido. Silhuetas, hachuras, rascunhos e tantos outros detalhes a provocar poesia.
Uma música no player. Uma xícara de chá para acompanhar os meus devaneios. Cenário lúdico. Deserto só meu. Quietude. Recanto.