Esqueceu-se no próprio caminho.
Adormeceu na borda da página vazia. Rasgou os verbos desenhados nos abandonados trilhos da estação passada. Isolou-se o inverno de sua alma. Acomodou-se no silêncio de sua própria voz e fez das letras sua habitação.
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Deixo aqui apenas uns poucos fragmentos escritos na tarde de outono em que eu me vi nua diante de todas as palavras.
O mar, essa ausência salgada, traz em suas ondas todos os versos que um dia joguei ao vento.
“Evelyn era uma mulher de uma complexidade tremenda, e o tempo que passei com ela foi tão complicado quanto sua imagem, sua vida a lenda que se construiu ao redor de sua figura. Até hoje me esforço para entender quem foi Evelyn e o impacto que exerceu sobre mim.”
Não te falei de como as minhas asas são frágeis, nem nunca cantarolei todas as minhas palavras disfarçadas de violões para que não as reconhecesses como minhas.
Misturado ao desejo do nosso querer, tu me presenteias com o calor do teu sorriso. Prendo-me novamente a ele e a tua teia de vontades secretas, entrelaçando-me entre as tuas pernas e perco-me em ti. Submeto-me ao fogo que arde em nós e nas texturas suaves da tua pele.