Teus beijos / a evaporar pela derme / desejos de nós. / Teu olhos, / a me hipnotizar, / a arrepiar vontades / sucessivas de ti em mim.
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Lá fora o céu desenha todas as nostalgias de um domingo chuvoso. Aqui dentro embriago-me com os versos daquela que suspira outono. Uma letra na folha, outro verso a perfumar café e o vento a reinventar saudades.
A medida que o dia rompe o silêncio, natureza e cidade se une e detalha o azul na essência da cor. Agosto está a gosto em mim.
Na sombra do verso esquecido, / apagado, empoeirado. / Sinto. Existo. / Passo a página / alongo os espaços / preencho as linhas / e afago as letras
A cidade, em seus detalhes urbanos, oferece nuances que atravessam as minhas letras fotografadas.
Enquanto caminho pelas minhas memórias procuro, dentro do presente, pretéritos que ainda arrepiam a derme e lembranças perfumadas. É como sentir os meus pés flutuar pelos trilhos daquela velha estrada de ferro, onde brincávamos nas tardes de outono.