A natureza desenha gigantescas paisagens dentro das suas imagens para reinventar as estações. No meio do inverno, um calor a avistar o amanhecer ora cinza, ora colorido. Silhuetas, hachuras, rascunhos e tantos outros detalhes a provocar poesia.
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Uma música no player. Uma xícara de chá para acompanhar os meus devaneios. Cenário lúdico. Deserto só meu. Quietude. Recanto.
Esqueceu até que, para levantar voo não precisa tirar os pés do chão.
Quando a primavera chegar, hei de voar pelos jardins e saberei definir o aroma das flores. O casulo se abrirá e, as borboletas abraçarão o infinito de suas asas. Aproveitarão os sonhos despedaçados e reverenciados na metamorfose dos sentidos.
Entro em meus silêncios e em prantos recolho-me as minhas metades que gritam em palavras. Palavras... essas pobres metáforas sem sentido que estremecem a minha inteligência e todas as minhas memórias vazias. Desço até a última gota de lágrima em um silêncio profundo, para escutar o meu prato além dos ecos da terra.
Dizem por aí que o calendário virou. Ainda não passei pela transição do mês, mas a verdade é que tenho páginas de um diário antigo para revisitar e outro novinho à espera de palavras deste tempo.