O que eu deixei para trás foi apenas a figura das ondas que quebram na praia. O mar, esse desenho de cores múltiplas, está sempre em mim, mesmo que nas entrelinhas. Suzana Martins 07/2014
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Olhei ao longe e vi vales cercando a terra. Tinha visto até, entre pingos de chuva, um sol dourado trazendo lembranças de outros mares. Porém, meus olhos não fotografaram belezas solares. Aquelas planícies douradas pareciam parar os meus olhos. O tempo ali, não corria; caminhava entre as aves e desfilava
“A sabedoria com as coisas da vida não consiste, ao que me parece, em saber o que é preciso fazer, mas em saber o que é preciso fazer antes e o que fazer depois.” (Liev Tolstói) As pedras da minha rua fui eu que as escolhi. Sou eu quem caminha
A madrugada tem a sua beleza indescritível, uma beleza própria inventada com a dedicação dos versos. Quando chove, as luzes da cidade misturam-se em gotas proporcionando cores que só a noite consegue transmitir e sentir. Entre os pingos de chuva, os ventos de uma noite fria, reinventam a tal nostalgia
Eu nunca compreenderei a estonteante missão de vestir e despir peles opostas todos os dias. Não tentarei entender esses porquês hoje, nem tão pouco amanhã. Fico apenas com o brilho dos olhos, que como um lustre, ilumina vontades secretas. Apaixono-me por todas as imagens coloridas e pelo acinzentado que observo
Quero escrever no avesso da folha a palavra incorreta, o verso derramado o sentir errado sem ter medo do que é revelado. Quero revirar-me ao avesso, sem verso ou reverso no inverso do meu universo em mim. Quero dizer o som mudo, o poema calado, o pulsar que ficou guardado