Houve um tempo em que uma certa Sofia navegava por aqui… (Pintura: ©Iman Maleki) Ela era tímida, de poucos amigos e andava sempre com um caderno em mãos. De pele clara, estatura mediana, cabelos na altura do ombro, tinha sua beleza particular, mas não era uma pessoa que chamava
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Estou perante de algo distante. Em frente ao vazio dos sentidos. Encontro-me diante do branco de uma tela vazia, rabiscando silêncio entre os barulhos dos carros que passam lá fora, porém ela ainda continua em branco. A tela precisa do silêncio das tintas e das cores que a ela pertence.
Não aprendi a usar as palavras, elas escapam de mim quando mais preciso tê-las comigo. Fico envolta de verbetes embaralhados e sem nenhum sentido que atropelam pensamentos. Palavras desconexas silenciam-se em provérbios chineses e completamente clichês. Traduções aleatórias que sempre ficam por dizer. Então, refugio-me nas madrugadas solitárias que ouve,
Despi-me de toda aquela alegria infame e cheia de hipocrisia. Rasguei aquele sentimento tão puro e tão falso. Deixei que brotasse dos meus olhos aquela enxurrada de lágrimas que prometi serem as últimas. Foram tantos sentimentos misturados que me vi numa roda-gigante em movimento. Lá do alto observava momentos que