Tenho pelo meu corpo/todas as tuas impressões,/nuas e sem pudor,/deixadas pelas tuas digitais./Tenho em meus lábios/os teus beijos arranhados.
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Converso com sexo, refazendo o poema complexo. A lua, que se entrega toda nua desafia um poema escrito na rua! Refaz-se o tempo na linguagem do vento. Conta. Sonha. Versa. Poeta. A derme arrepia num canto só em sol maior!!! Suzana Martins – 09/2014
O meu pecado é esse excesso carnal que abraça as minhas letras sem nenhum pudor. A minha transgressão é esse pulsar ultrapassando o sentir que habita em mim. O meu pecado é essa vontade de ti, transgredindo todos os desejos que moram em mim. A minha transgressão é esse desejo,
Quero apenas um gesto, um olhar, um suspiro… Quero apenas uma palavra ou, simplesmente uma linha daquele teu poema. Quero sentir cada verso teu, e mesmo não sendo meus, na minha doce ilusão, quero absorver todas as tuas palavras que, num imaginar profundo, penso serem escritas para o meu deleite. Quero desejar-te.
Revelo-me agora, por inteira, Sem trégua, sem medo. Revelo o meu segredo, O meu querer, O meu desejo… Revelo-me a ti! Peço pelo teu beijo, Peço teu sexo… Entrego-me a este desejo Sem medo, sem pudor! Peço! Despeço! Imploro pelo teu sexo, Sem nexo! Convexo! Disperso… Revelo-me agora, por inteira,
Tua boca Teu sexo Vontade louca Teu desejo em mim. Minha língua, faceira, Passeia pelo teu corpo Procurando um doce e belo Abrigo. Teu toque Meu sentir Teu corpo Desejo sem fim. Tua derme Minha boca Tua língua passeando em mim… Suzana Martins – 01/2016 Fotografia: Peter Coulson Photographer