Lembranças azuis tal qual o mar ao amanhecer, ou feito aqueles dias alaranjados que imitam um outono solitário. Aqui dentro do peito também acumulam saudades de mim e de todos os meus eus, grandes, pequenos, adolescentes, chatos, sorridentes, metidos... Nostalgia apertada daquelas que provocam a falta de ar.
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Não te falei de como as minhas asas são frágeis, nem nunca cantarolei todas as minhas palavras disfarçadas de violões para que não as reconhecesses como minhas.
O poema está em silêncio para ouvir a canção… Enquanto as pessoas passam, fico ancorada em minhas entrelinhas a perceber apenas meus secretos movimentos…
Uma música no player. Uma xícara de chá para acompanhar os meus devaneios. Cenário lúdico. Deserto só meu. Quietude. Recanto.
Entro em meus silêncios e em prantos recolho-me as minhas metades que gritam em palavras. Palavras... essas pobres metáforas sem sentido que estremecem a minha inteligência e todas as minhas memórias vazias. Desço até a última gota de lágrima em um silêncio profundo, para escutar o meu prato além dos ecos da terra.
“Liberdade, essa palavra que o sonho humano alimenta que não há ninguém que explique e ninguém que não entenda…” [Romanceiro da Inconfidência] Cecília Meireles tinha poesia na alma, suavidade no olhar, leveza nas palavras. E foi assim que conseguiu encantar a todos com seus versos intimistas e espiritualistas, um intimismo