Victória é uma menina mulher, impregnada de desejos e vontades, que dança, canta, se arrasta para um canto, chora e volta a sorrir na manhã seguinte. Vive por ai e você pode sim já ter se encontrado com ela em algum lugar da paisagem urbana. Nota: Personagens são sempre autores
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Ela deitou. Estava cansada dos ruídos que percorriam sua derme. Queria trancar-se dentro da sua caixa de Pandora e ficar esquecida para sempre. Havia diversas imagens dentro de si, e todas essas cenas a incomodava. Victória fechou seus olhos para não assistir ao desfile de ausências que teimavam em embalar
Victória e seu olhar distante. O mar e suas ondas que ensaiavam tempestades… O mar e Victória. Distintos. Diferentes e ao mesmo tempo tão iguais. O vento, que vinha de mãos dadas com a chuva, chegava de mansinho abraçando aqueles pensamentos e histórias mal contadas. Victória observava cada detalhe pincelado
Um quarto, algumas partituras espalhadas pelo chão, outras notas empoeiradas na escrivaninha e um violão encostado num canto qualquer… O espaço em si não lhe era estranho. Seus olhos faziam aquele percurso cada vez que adentrava a atmosfera daquele lugar. Cada passo, cada olhar era deixar tocar canções. Seus pensamentos
Em sua escrivaninha um chá de lembranças misturado aos papéis amarelados pelo tempo… Naquelas pautas transcorriam letras de fôrma sem forma, apenas frases inacabadas e outros versos que agora pareciam não fazer sentido. Os sentimentos de Victória estavam inertes, presos aos versos clichês e as palavras repetidas que saltavam daquelas
Para ler a Parte I, clique aqui. Ela desviou o olhar, mas na realidade não sabia para onde estava olhando. Apenas absorvia a paisagem entre os passos apressados de todos que por ali caminhavam… Era o tempo e suas inconstâncias, e as horas estavam mal contadas por relógio e pés