O inverno a espalhar todos os aromas nostálgicos que habitam em mim.
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Dizem por aí que o calendário virou. Ainda não passei pela transição do mês, mas a verdade é que tenho páginas de um diário antigo para revisitar e outro novinho à espera de palavras deste tempo.
Um verso de saudade a escorrer pela ponta do papel
Fevereiro está de partida. É muito raro eu pensar nas despedidas de determinado mês, mas hoje decidi ficar aqui a observar alguns finais.
Dizem até que um dos seus objetos preferidos era uma garrafinha de vidro, que ficava em cima da escrivaninha. Ali estava depositada todas as suas lembranças de areia, água e sal.
Imperfeita que sou / deixo traços meus / espalhados pelas / páginas desertas / a acumular sentimentos /e sensações que /atravessam o corpo.
