O belo e aromático buquê de rosas vermelhas estava sobre a mesa. Flores de cor escarlate que parecia uma pintura em alto relevo. Rosas! Jardim de flores que chegavam para desculpar momentos de tensão. Flores que poderiam murchar ao cair uma lágrima… Havia espinhos que me feriam e sangravam. A
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“Aprendi com as Primaveras a me deixar cortar para poder voltar sempre inteira.” (Cecília Meireles) Arrumei as flores da janela, enfeitei o jardim e fiquei a observar a chuva que caia levemente imitando formas que esvaziavam as dores que não cabiam em mim; e o vento, ia levando para bem
De vez em quando há sentimentos que me confundem e eu sempre me perco neles… Naquele dia, o que senti afinal não foi ciúme. Não! Disso eu já estou certa. Foi antes de tudo uma inveja tremenda da qual agora me envergonho. Inveja de uma felicidade que já não acreditava
“Vou com a roupa do corpo mesmo sem ter pra onde ir…” (Filipe Catto) Despertei. Havia ecos por todos os lados. Restava apenas o perfume vazio da flor que deixastes em cima da mesa. Um fio do teu perfume ainda morava em nossa cama, e a tua ausência estava presente
Uma rachadura no copo, um líquido escorrendo dores, um último gole. Um coração cheio de fissuras, uma saudade que não tem fim, o veneno sorvido pela alma de uma cura que não chegou até mim… Não fere o rio, não manche a dor, não rasgue a saudade que escorre em
“Saudade fez um samba em seu lugar…” Diga-se de passagem: o tempo passou e deixou o poema redundante abandonado no meio caminho. Passaram-se as horas, as histórias e principalmente, algumas vontades submersas no existir de um abismo sem fim. Diga-se de passagem: passam-se as horas e as histórias ficam presas