A chuva veio rasgou as árvores levou a luz molhou a terra rodopiou tempestades. A chuva veio deixou o vento levou o lamento. A chuva veio enquanto eu brincava com o tempo… Suzana Martins – 01/2015 Imagem: tumblr
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Aos poucos volto a minha forma original. Volto às letras que me abraçam no final do inverno, e que, no crepúsculo florescem como todas as tardes primaveris. Aos poucos, vou ficando com as mãos maleáveis e com a inspiração aguçada. Diariamente, entro em contato com as metáforas que deixei trancadas
“Contam que toda tristeza Que tem na Bahia Nasceu de uns olhos morenos Molhados de mar. Não sei se é conto de areia Ou se é fantasia Que a luz da candeia alumia Pra gente contar”. [Clara Nunes] A minha segunda pele, esse mar baiano, reflete uma saudade encantada
E eu precisaria de muito mais outonos para preencher as palavras que ficaram por dizer… Das lembranças acumuladas, restam-me apenas os sorrisos, as memórias, as saudades e uma brisa no final da tarde. Da nostalgia daquela canção, restam-me as letras, o sorriso no canto do rosto, as lágrimas necessárias e
São Paulo. Terra da garoa. Tempestades de solidão. Pauliceia desvairada. Estou aqui brincando com as letras tentando escrever versos sobre essa cidade que é tão acolhedora e segura de si. A verdade é que nada vem entre os dedos, ou melhor, vem e depois volta para qualquer lugar onde não
“Vou descansar meus olhos em coisas delicadas, afinal quando as palavras nos pedem colo, o silêncio na ótica das imagens faz-se casa para abrigar sentimentos”. [Fernanda Fraga] A preciosidade de algumas palavras ficou perdida pelas estradas que passaram diante dos meus olhos. Repetidas vezes tentei encontrá-la, mas, me perdi sob