Por Lunna Guedes “Chove em São Paulo. Setembro chegou trazendo águas, desenhando saudades e passos por todos os lados. O tempo, depois do desassossego de agosto voltou a se movimentar. Fato. Ele parecia ter feito uma pausa. O som dos trolebus ainda me causam sorrisos. O gato (imaginário) inventa sons
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Por Lunna Guedes A manhã estava florescendo pela cidade quando Rayssa com seus olhos cor de madrugada adentrou a cozinha onde encontrou Anne e sua bagunça matinal: bandeja, jarro com suco, torradas, queijo, geléia. Tudo aquilo era mais uma tentativa de agradar Alexandra que ainda estava dormindo e na certa
Por Lunna Guedes A noite caminhava na lentidão dos passos de Alexandra que saltou do ônibus um ponto antes propositalmente. Ela queria sentir o vento que transitava pelos quarteirões. Ouvir vozes estranhas. Mas acima de tudo, queria tentar não pensar naqueles últimos acontecimentos. Estava chateada. O rosto nu, maduro, sensível
Por Lunna Guedes O apartamento de Anne tinha diferentes tipos de sombras. Algumas eram coloridas graças a cor alaranjada das cortinas. Outras eram escuras graças ao tom escuro dos móveis. Alexandra imaginava algo mais colorido, menos sério e conservador. Mas gostou da paz daquele lugar que tinha uma fonte jorrando
Por Lunna Guedes O sorriso se ocupou dos lábios de Alexandra que permaneceu em pé junto a porta. Completamente imóvel. Seu corpo parecia imerso numa emoção profunda, exagerada e sincera. Eram tantas precipitações que as boas maneiras foram esquecidas e as duas ficaram ali mesmo. _ Vejo que está surpresa
Por Lunna Guedes O tempo passando devagar, pesado. Os ponteiros pareciam atrasados, perambulava pelo círculo mágico da vida em primeira marcha. As ruas seguiam exibindo ausências; o mundo inteiro parecia de férias e era preciso esperar pelo carnaval. Antes disso, tudo tinha um ritmo morno. Apenas acontecimentos leves. Foi em