O mar, essa ausência salgada, traz em suas ondas todos os versos que um dia joguei ao vento.
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O poema era um eco / um porto seguro / um verso de sol / a redesenhar
saudades do mar.
Deixo aqui todas as minhas melancolias. Encaro as lembranças do mar, das nuvens em mareia e dos arrecifes moldados pela água. Em minha memória o som das águas a abraçar a areia e o sal a perfumar a derme. Sou urbana e as minhas nostalgias são ressacas de tempestades litorâneas.
Sou hemisfério composto de mar, areia, água e sal. Detalhes de vento, nuances de sol metade inteira de um verso salgado.
Amei a solidão / abandonada na areia, / esquecida no deserto / e repelida pelo céu. / Amei a dor / no exílio de / minhas profundezas.
Levarei dentro de mim / pedaços de versos, / nostalgias cinzentas / e algumas tempestades. / Num dia de luz nublada, / hei de partir / carregando apenas / fragmentos de mim...