Esqueceu-se no próprio caminho.
Adormeceu na borda da página vazia. Rasgou os verbos desenhados nos abandonados trilhos da estação passada. Isolou-se o inverno de sua alma. Acomodou-se no silêncio de sua própria voz e fez das letras sua habitação.
Tag: Minhas Marés
O inverno a espalhar todos os aromas nostálgicos que habitam em mim.
Devaneio inspirado no poema de Carlos Drummond de Andrade "No meio do Caminho". Um verso a exalar flores, pólen e perfumes.
Ela carrega na alma / traços do oceano azul, / tempestades de alto-mar. / O perfume que exala / dos seus poros / tem notas salgadas. / Ela,entro e fora / perto ou longe, / marítima!
eu sou um perfil mutável / verbo de ação / construção / sou urbana, marítima / paradigma de mim / lapidada em metamorfoses diárias.
Tinha dentro de si apenas vontades acumuladas e uma liberdade natural que era conhecida por todas as brisas e tempestades. O voar era um devaneio livre que se estendia além do ser...