Lembranças azuis tal qual o mar ao amanhecer, ou feito aqueles dias alaranjados que imitam um outono solitário. Aqui dentro do peito também acumulam saudades de mim e de todos os meus eus, grandes, pequenos, adolescentes, chatos, sorridentes, metidos... Nostalgia apertada daquelas que provocam a falta de ar.
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Não te falei de como as minhas asas são frágeis, nem nunca cantarolei todas as minhas palavras disfarçadas de violões para que não as reconhecesses como minhas.
O poema está em silêncio para ouvir a canção… Enquanto as pessoas passam, fico ancorada em minhas entrelinhas a perceber apenas meus secretos movimentos…
Uma música no player. Uma xícara de chá para acompanhar os meus devaneios. Cenário lúdico. Deserto só meu. Quietude. Recanto.
Esqueceu até que, para levantar voo não precisa tirar os pés do chão.
Quando a primavera chegar, hei de voar pelos jardins e saberei definir o aroma das flores. O casulo se abrirá e, as borboletas abraçarão o infinito de suas asas. Aproveitarão os sonhos despedaçados e reverenciados na metamorfose dos sentidos.